Apesar da tentativa de derrubar a arcaica lei que define o sexo consensual entre homens como “atos de indecência grosseira”, e que pode punir as pessoas por isso até a dois anos de prisão, a Suprema Corte de Singapura manteve a seção 377A.

Todos os três recursos liderados por um médico aposentado, um DJ e um defensor dos direitos LGBTQ+ foram julgados ontem (30/03) foram negados. No anúncio da decisão, o juiz See Kee Oon lembrou que a lei raramente é aplicada, mas que sua decisão servia para “salvaguardar a moralidade pública, mostrando uma desaprovação moral social dos atos homossexuais masculinos”.

Em comunicado, Téa Braun, diretora do Human Dignity Trust, lamentou a decisão da máxima corte de Singapura: “Ao recusar derrubar essa lei arcaica e discriminatória, o Tribunal reafirmou que todos os gays em Cingapura são efetivamente criminosos não detidos”.

A decisão em nada contribui para mudar o pensamento da população local. No ano passado, um estudo descobriu que quase 70% dos cingapurianos desaprovam relacionamentos entre pessoas do mesmo sexo. Das 1.800 pessoas pesquisadas, apenas 16,4% dos entrevistados consideraram que as relações entre pessoas do mesmo sexo “não estavam erradas”.

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