Amanhã (20/11) é o Dia Internacional da Memória Trans, data criada em 1999 em memória das pessoas que foram assassinadas como resultado de transfobia. E o Brasil, mais uma vez, continua na triste posição de líder do ranking do número de mortes no mundo. É o que aponta o projeto projeto de pesquisa Transrespect versus Transphobia Worldwide.

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O levantamento traz números preocupantes em todo o mundo, revelando que 2021 deve ser o ano mais mortal para pessoas trans. Entre 01 de outubro de 2020 e 30 de setembro de 2021 foram registrados 387 assassinatos, um aumento de 7% em relação a 2020, que por sua vez já era 6% maior que em 2019.

O Brasil segue na triste liderança com 125 mortes, que representa 1/3 do total mundial, seguido do México (65) e Estados Unidos (53). Na América do Sul, aparecem também em destaque a Colômbia (22) e a Argentina (11). Países como Grécia, Cazaquistão e Malawi registraram casos pela primeira vez. Desde que os dados começaram a ser contabilizados, em 2008, 1645 pessoas trans foram assassinadas no nosso país pro transfobia.

Chama a atenção que 70% dos casos acontecem nas América do Sul e Central. Ainda, que 43% das pessoas trans assassinadas na Europa eram imigrantes e 89% das vítimas nos Estados Unidos eram negras.

As mulheres trans são as mais afetadas pelos crimes de transfobia, representando 96% dos casos de mortes globais no último levantamento. Mais da metade (58%) das pessoas trans assassinadas que tinham sua ocupação conhecida viviam da prostituição. A maior parte das mortes aconteceram na rua (36%) e quase 1/4 foram dentro da própria residência.

Especialistas apontam que o número deve ser ainda maior pela dificuldade de identificação oficial da tipificação do crime. Por isso, os números reais de mortes por transfobia devem ser ainda mais assustadores.

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