Enquanto no Brasil (inacreditavelmente) estamos sendo obrigados a lidar com um governo que demite dois Ministros da Saúde em meio a uma pandemia, boa parte do mundo que adotou medidas importantes para conter o avanço da Covid-19 colhe resultados e já começa a pensar como sair da quarentena.

Porém, um grande desafio é colocado para líderes das nações. Como garantir o fim da quarentena de uma forma mais segura? É aí que entra a indústria pornô. Sim, isso mesmo. O mundo pode aprender com esse setor que muitos preferem diminuir ou simplesmente ignorar, por questões morais.

Em entrevista ao Stat News, Ashish Jha, diretora do Instituto Global de Saúde da Universidade de Harvard, disse que a resposta pode estar no que a indústria pornô fez com outra pandemia de forte impacto no mundo: HIV/AIDS.

No final dos anos 90, em resposta ao surto de HIV, a estrela pornô Sharon Mitchell, que agora é sexóloga, criou um sistema conhecido como PASS (Performer Availability Scheduling Services). Profissionais da indústria pornô eram obrigatoriamente testados para o HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis a cada 14 dias. Os resultados eram então inseridos em um banco de dados. Quando alguém testava positivo, todos estúdios de filmes pornográficos nos EUA eram imediatamente avisados e assim se rastreava todos os outros com quem aquela pessoa se relacionou nos filmes.

Este é obviamente um tipo diferente de vírus, é um tipo diferente de ameaça, mas entendemos em geral como ele funciona e o que precisamos fazer para nos proteger.

Mike Stabile, porta-voz da Free Speech Coalition, associação comercial para a indústria pornô dos Estados Unidos

A ideia dos especialistas é adotar sistema semelhante para a Covid-19. A população seria testada de forma regular e ao detectar um caso as autoridades conseguiriam agir de forma imediata para conter a propagação da doença.

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