Aproveitando a celebração da diversidade no Mês do Orgulho LGBTI+, a Netflix lança, hoje (19/06), um um documentário sobre a representação trans na mídia.

A mesma empresa que investiu no excelente (e necessário) documentário sobre a morte e vida de Marsha P. Johnson voltar a falar sobre o universo trans, dessa vez debatendo como ela é mostrada no cinema e na TV. “Revelação” (“Disclosure no original) promete apresentar uma nova ótica importante sobre a visibilidade trans em nossa sociedade (confira o trailer no fim da matéria).

Com entrevistas exclusivamente com trans, a obra mostra como a mídia apresentou esse universo desde o cinema mudo em preto-e-branco até a era dos talk shows. Para isso recorre a nomes famosos como a co-diretora de Matrix, Lilly Wachowski; a estrela de Pose, MJ Rodriguez; atriz de Sense 8, Jamie Clayton; a sra. Fletcher Jen Richards; documentarista de Strong Island, Yance Ford (que foi o primeiro cineasta trans a receber uma indicação ao Oscar), a atriz de Hustlers Trace Lysette; e a atriz de Orange is The New Balck, Laverne Cox.

Acho que, por muito tempo, as maneiras pelas quais as pessoas trans foram representadas na tela sugeriram que não somos reais, que estamos mentalmente doentes, que não existimos. Mas ainda estou aqui, ainda estamos aqui, e sempre estivemos”.

Laverne Cox, atriz de Orange is The New Black, em entrevista ao documentário sobre a representação trans na mídia da Netflix

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O documentário sobre a representação trans na mídia lembra que coube a um homem cisgênero interpretando uma mulher trans uma indicação ao Oscar. “Revelação” fala ainda que mesmo quando abre espaço para artistas trans, as produções podem ser preconceituosas, como quando a fala de Candis Cayne em “Dirty Sexy Money” foi manipulada para fazer sua voz parecer mais profunda.

Mas o filme também celebra as produções mais recentes, como o sucesso Pose que não só apresenta o universo trans para muita gente, como emprega muitos transsexuais em sua produção.

Não queremos contar a ninguém como ou o que pensar. Em vez disso, pergunte como podemos nos envolver de forma crítica, sabendo que a mudança acontece ao longo do tempo, não é linear.

Sam Feder, diretor do documentário “Revelação”

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