Quem tem a ideia que usuários de PrEP encaram como um sinal verde para sair transado por aí pode se surpreender. Um estudo realizado na Holanda mostrou que quem usa a profilaxia pré-exposição para o HIV tende a baixar a sua compulsividade sexual.

O estudo publicado no The Lancelet analisou mais de 340 indivíduos durante três anos. Respondendo um questionário com perguntas como “Meus pensamentos e comportamentos sexuais estão causando problemas em minha vida” e “Às vezes não consigo cumprir meus compromissos e responsabilidades por causa de meus comportamentos sexuais”, foram analisados os casos que podem ser considerados de compulsão sexual.

Qualquer pessoa que pontuou pelo menos 24 em 40 no questionário exibiu um alto grau de compulsividade sexual. Este comportamento pode ser considerado problemático.

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Entre as principais conclusões trazidas pelo estudo, o índice de compulsão sexual caiu de 23% para 10% ao longo dos três anos. Ou seja, os usuários de PrEP passaram a dedicar menos tempo a pensamentos ou atividades sexuais, de forma que atrapalha sua vida cotidiana.

Nas conclusões do levantamento, os pesquisadores se disseram surpreendidos com essa descoberta. Especulando sobre as razões por trás dos resultados, explicaram que aqueles que tomam PrEP tiveram que fazer um check-up trimestral de DST. Ou seja, estava mais propensos a receber aconselhamento motivacional sobre seu comportamento sexual.

Acreditando que os serviços de PrEP oferecem uma oportunidade única de integrar os cuidados de saúde mental e sexual, os autores dizem, porém, que mais estudos são necessários.

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