Histórias de personagens gays amadurecendo e descobrindo sua sexualidade não são incomuns no meio audiovisual. Mas quase todas têm como protagonistas pessoas brancas. Para mudar essa realidade, um financiamento coletivo quer lançar “Pritty”, um curta de animação que dá o protagonismo a uma personagem negro.

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A sinopse revela que o curta contara a história de Jay, um adolescente negro, quieto e magro que gosta de usar flores no cabelo. Ele é exatamente o oposto de seu irmão mais velho, que é masculino e carismático. Esta diferença fica ainda mais gritante na piscina comunitária. É lá que ele recebe a ajuda de um amigo. Mas a amizade será testada quando a realidade vêm a tona.

Existem muito poucas histórias que apresentam meninos negros, descobrindo sua humanidade e vulnerabilidade. Eu ansiava por meu próprio trabalho se envolver mais intencionalmente neste assunto.

Terrance Daye, diretor de “Pritty”, sobre o curta de animação.

Dirigido pelo poeta e cineasta Terrance Daye e baseado no romance homônimo do autor e colaborador Keith F. Miller Jr., “Pritty” seria inicialmente filmado, mas acabou virando um curta de animação por conta das dificuldades impostas pela pandemia para as gravações.

Apesar do momento complicado para a produção audiovisual, o diretor acredita que é possível colocar o projeto para acontecer. “Vidas negras podem estar a beira do perigo constante agora, mas ame algum lugar deve existir alegria e risos. A mídia não pode imaginar isso para nós. Mas podemos imaginar por nós mesmos. Não podemos?”, argumentou.

As contribuições para a realização do curta de animação podem ser dadas através de financiamento coletivo. Até o fim da semana passada, mais de 45 mil dólares, dos 50 mil necessários, já tinham sido alcançados.

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