O ano é 2020 e as pessoas ainda acham que podem continuar sendo preconceituosas. Um deputado do Partido Novo defendeu um caso de homofobia no twitter e em seu argumento conseguiu ser tão preconceituoso quanto quem apoiava.

Na noite de ontem, quando o assunto da demissão do jornalista Leandro Narloch da CNN Brasil dominava as redes sociais, Fábio Ostermann, Deputado Estadual pelo Partido Novo no Rio Grande do Sul e fundador do Movimento Brasil Livre (MBL), resolveu se posicionar em solidariedade ao jornalista.

Mas seus argumentos desde o início foram falhos, já que disse que vivemos em tempos que a “divergência não pode ser debatida nem compreendida, apenas sumariamente cancelada”. Obviamente que opiniões divergentes são saudáveis, mas a crítica ao comentário do jornalista foi baseado em fatos que ele simplesmente ignorou ao falar sobre um assunto que claramente não tinha conhecimento para comentar. Não se tratava de opinião pessoal, mas sim de desconhecimento do assunto e fala carregada de preconceito.

Para piorar, na sequência de sua defesa ao jornalista, Fabio afirma que “pessoalmente não usaria os termos por ele utilizados. Mas há um claro exagero nas reações”. Como se reagir a uma fala preconceituosa fosse algo exagerado.

Mas o pior ainda estava por vir, quando então o deputado mostrou todo seu preconceito ao afirmar que “é óbvio que gays com comportamento de risco têm mais chance de terem AIDS”. Fabio “esqueceu” de escrever que héteros com comportamento de risco têm a mesma chance de contrair o vírus do HIV. Também parece não entender a diferença entre HIV e AIDS, vírus e doença.

Na sequência o deputado lembra que apoiou o fim das restrições à doação de sangue por homossexuais, mas, apesar disso, seu comentário anterior mostra claramente que apesar do apoio desconhece de forma clara o assunto.

Por fim, mesmo sem lugar de fala sobre o assunto, conclui dizendo que “não é interditando o debate de forma irracional q venceremos preconceitos tacanhos como a homofobia”. Ele só “esquece” novamente de dizer que homofobia não é opinião. Lamentável!

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *