Em um momento em que a linguagem neutra provoca debates acalorados, André Fischer traz uma proposta que gera menos conflito. O Manual de Linguagem Inclusiva chega a uma segunda versão, trazendo técnicas para minimizar marcadores de gênero na escrita e na fala, mas também trazendo questões de preconceitos de cor/raça, orientação sexual, origem, ageísmo e capacitismo.

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Depois de lançar a primeira versão focada nos marcadores de gênero, graças a seu trabalho de anos ligado à comunidade LGBTI+, André resolveu ampliar a nova versão. Por isso incluiu questões como racismo e xenofobia, entre outras. “Não dá para fazer um manual de linguagem inclusiva reduzindo a questão de gênero”, afirmou.

O Manual Ampliado de Linguagem Inclusiva trata de forma simples e didática estratégias para eliminar marcadores de gênero, além de excluir termos que remetem a racismo, gordofobia, xenofobia e capacitismo, que muitas vezes usamos sem mesmo nos darmos conta.  

É importante dizer que não é um manual de regra, mas são dicas e reflexões. O importante é o princípio da empatia, de se colocar no lugar do outro que está lendo ou ouvindo.

André Fischer explica o propósito do Manual de Linguagem Inclusiva

Ressaltando a importância da linguagem neutra (que busca a aplicação do terceiro gênero), que segundo o autor é um “questionamento importante e faz sentido ser usado”, Fischer acredita que a linguagem neutra terá menos conflito para ser aplicada.

André acredita ainda que passar a ter mais cuidado como se fala ou escreve pode levar a abrir a discussões maiores que a sociedade precisa, inclusive sobre a adoção do terceiro gênero na língua portuguesa. Por isso a proposta de levantar o debate e trazer proposições de maneiras de adotar uma linguagem mais empática através do Manual de Linguagem Inclusiva.

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