Apoiar a causa LGBT é muito mais do que ter apenas responsabilidade social. Estudo desenvolvido pelo Boston Consulting Group (BCG) em parceria com a Open For Business, demonstrou que, em países emergentes, as empresas que apoiam abertamente a causa LGBT atraem 20% mais recursos estrangeiros.

Na conclusão do estudo fica demonstrada a relação direta entre o posicionamento antidiscriminatório tomado pelas empresas e o aumento de sua atratividade perante o mercado global, tanto em investimento quanto em vendas. Ficou demonstrado ainda que companhias que abraçaram explicitamente a diversidade LGBT jamais sofreram retaliação financeira, ou seja, suas receitas e lucros continuaram crescendo.

Esperamos que isso ajude a encorajar mais companhias a adotar políticas semelhantes, como incluir a causa LGBT em sua estratégia de negócios.

Fleuri Arruda, principal do BCG Brasil

Quando comparado aos levantamentos anteriores, foi constatado que a proporção de companhias pró-LGBT nesses países praticamente dobrou nos últimos quatro anos. Em 2015, 19% promoviam ações inclusivas; hoje, 37% seguem essa política.

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Alguns recortes mostram outros dados interessantes. Empresas voltadas para o consumidor (B2C) se mostram mais preocupadas – 56% abraçam a causa, contra 35% das B2B. As empresas familiares também são mais inclusivas, 58% contra 32% nas não familiares.

A pesquisa analisou 96 empresas em 18 países emergentes. Além do Brasil, participaram da mostra empresas sediadas em África do Sul, Argentina, Chile, China, Colômbia, Egito, Filipinas, Índia, Indonésia, Malásia, Marrocos, México, Nigéria, Quênia, Peru, Tailândia e Turquia. Vale ressaltar que sete desses países possuem eis de repressão à liberdade de orientação sexual.

O ponto mais crítico do relatório é que ele foca em regiões onde o apoio à causa é ainda mais urgente. Muitas das companhias apuradas estão sendo progressivas

Jon Miller, fundador da Open For Business

Os critérios nas escolhas das empresas foram receitas anuais acima de US$ 1 bilhão – dos quais ao menos US$ 500 milhões ou 10% tenham origem internacional – e taxas de crescimento acima do PIB nacional e da média do setor. As companhias analisadas operam atualmente em 169 países, alcançando 99% da população mundial.

Você pode acessar o estudo completo acessando o link.

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