O caso da agressão sofrida pela youtuber Karol Eller dominou os noticiários dos últimos dias. Nas redes sociais todo tipo de manifestação sobre o caso levantou polêmicas e gerou muita discussão. A principal delas: Será que Karol Eller aprendeu da pior maneira? A resposta, ao que parece, é NÃO!

Karol afirma ter sido vítima de um caso de homofobia quando estava com sua namorada em um quiosque na praia da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. O caso seria apenas mais um das inúmeras agressões homofóbicas diárias que acontecem no Brasil, se a youtuber não tivesse apoiado o presidente Bolsonaro e fosse crítica do movimento LGBT.

O enredo não poderia levantar menos polêmica, com muitas manifestações nas redes sociais. Das palavras de apoio aos que julgavam ser “bem feito”, todos ao menos tinham uma pergunta em comum: Será que Karol Eller aprendeu agora?

Em sua primeira entrevista após a agressão, para a revista Época, a youtuber parece deixar claro que não mudará seu pensamento, como era esperado por muita gente. Apesar de confirmar que se trata de um caso de homofobia (talvez até orientada por seu advogado já que o STF criminalizou a homofobia ao igualar ao crime de racismo), logo em seguida deixa claro que não mudará seu discurso, que não apoia o que chama de “vitimização da comunidade LGBT”.

Ele teve sim uma atitude homofóbica. MAS NÃO BATEU EM MIM SOMENTE POR ISSO. Tenho certeza que ele faria o mesmo com outra mulher (que não fosse gay) ou até mesmo outro homem.

Karol Eller em entrevista a revista Época após a agressão homofóbica que sofreu.

Vale ressaltar que tal discurso a levou a ser usada pela campanha do atual presidente como forma de atacar os que indicavam comportamento homofóbico do então candidato. Coincidência (?) ou não, ela ganhou um cargo na EBC (motivo de sua mudança para o Rio) com um salário de R$ 10.700 após a eleição de Bolsonaro.

Seja para não perder a “boquinha” federal, o passe livre no Palácio do Planalto, ou para não ter que voltar atrás nas suas “opiniões firmes”, Karol parece disposta a relativizar o fato da agressão ter sido motivada por homofobia. Ela aceitar isso iria contra todo o discurso propagado anteriormente.

Fato é que tal discurso só empodera pessoas que são homofóbicas e que lutam contra os direitos da comunidade LGBT. Se não aprender nem mesmo depois de ter seu rosto desfigurado e coberto de sangue, Karol Eller continuará indiretamente desprotegendo os LGBTs, que continuarão sofrendo agressões e até sendo mortos no Brasil com frequência. Ela pode até não ter mais seu rosto coberto de sangue, mas suas mãos continuarão sujas de sangue… Não o dela!

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