Cientistas anunciaram nesta semana a descoberta que uma nova variante do HIV é mais transmissível e agressiva. Apesar de descoberta no final da década de 90, só agora há mais conhecimento a respeito da variante, mas os especialistas afirmas que não há motivo de alarde.
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O primeiro diagnostico de paciente com a cepa VB aconteceu em 1998 e os pesquisadores acreditam que ela imergiu por volta de 1990. “Análises de sequências genéticas sugerem que essa nova variante surgiu nos anos 1990 a partir de uma mutação nova, não de uma recombinação entre vírus, e adquiriu maior transmissibilidade por meio de um mecanismo molecular de virulência ainda não conhecido”, explicaram os autores do estudo divulgado esta semana.
Inicialmente foram detectados 17 pacientes com a nova variante, mas outros 92 foram encontrados em amostras de vírus que a Holanda vem guardando há três décadas. O estudo destes 109 pacientes trouxe as conclusões agora apresentadas.
Os pesquisadores perceberam que a nova variante do HIV é mais agressiva, com os pacientes apresentando 3,5 a 5,5 vezes mais carga viral e contagem de células CD4+ reduzida com o dobro da velocidade. Porém, os pacientes que passaram por terapia antirretroviral responderam bem, o que indica que a VB é controlável pelos tratamentos disponíveis.