No último dia 25 de fevereiro a Câmara dos Deputados da Flórida aprovou um projeto de lei apelidado de “Don’t Say Gay”, que limita a discussão sobre identidade de gênero e sexualidade nas escolas. A repercussão do fato chegou até a Disney, acusada de financiar políticos que apoiam lei anti-LGBT.

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Segundo site Orlando Sentinel a empresa doou dinheiro para políticos que apoiam a “Don’t Say Gay”. Embora a Disney também tenha financiado políticos contrários a legislação, chama a atenção que uma empresa que coloca a diversidade e inclusão em seus valores financie campanha de políticos conservadores.

Para se ter uma ideia, o patrocinador do projeto no Senado, Dennis Baxley apoiou ativamente a legislação anti-gay por anos, incluindo leis que impediriam casais gays de adotar crianças. Ele chegou a comparar crianças que vivem com pais do mesmo sexo com crianças criadas por alcoólatras e abusadores e mais tarde afirmou: “Não sou homofóbico, mas simplesmente não posso aceitar a homossexualidade”.

Com a repercussão do financiamento de políticos que apoiam lei anti-LGBT, a Disney se pronunciou a favor do respeito a diversidade, mas não disse se retiraria o apoio financeiro. “Por quase um século, a Disney tem sido uma força unificadora que une as pessoas. Estamos determinados a continuar sendo um lugar onde todos são tratados com dignidade e respeito”, afirmava a declaração. A companhia ainda afirmou que continuará apoiando a comunidade LGBTQIA+ “através do conteúdo inspirador que produzimos, da cultura acolhedora que criamos aqui e das diversas organizações comunitárias que apoiamos”.

Em um tweet de repúdio a lei “Don’t Say Gay” do presidente norte-americano, Biden teve o apoio do ex-presidente e CEO da Disney Bob Iger. Mas o atual CEO, Bob Chapek, ainda não fez nenhuma declaração pessoal a respeito. Segundo o The Hollywood Reporter, uma fonte da empresa revelou que Chapek “se opõe firmemente a trazer a Disney para questões que ele considera irrelevantes para a empresa e seus negócios”.

O caso levou até mesmo a herdeira do grupo a se posicionar publicamente. A produtora e documentarista Abigail Disney, que é filha do ex-chefe de animação da Disney Roy E. Disney e sobrinha-neta de Walt Disney, foi ao Twitter para condenar o apoio financeiro da corporação ao projeto de lei, que proíbe “discussões em sala de aula sobre orientação sexual ou identidade de gênero” nas escolas primárias da Flórida.

O historiador gay e finalista do Pulitzer, Dr. Eric Cervini, tuitou que “a Disney está financiando o ódio”, apesar de se passar por uma sugerir um boicote a todas as mídias de propriedade da Disney, incluindo Hulu, ABC, ESPN, Marvel e Disney Parks. O boicote será interrompido assim que a Disney “prometer cessar permanentemente as contribuições aos apoiadores do projeto”.

Em seu site oficial a Disney se denomina “líder em igualdade e conteúdo LGBTQIA+ no local de trabalho e está comprometida com locais de trabalho inclusivos e apoia ambientes acolhedores nas comunidades locais”. O conglomerado também doa para entidades LGBTQIA+ como Human Rights Campaign, GLAAD, GLSEN, Trevor Project e Outfest, entre outras.

A Disney começou a oferecer benefícios a parceiros de funcionários LGBTQ+ em 1996 e lançou o primeiro grupo Disney Pride em 1999. Mais recentemente, a Disney se tornou o primeiro estúdio a retirar seus filmes da Rússia.

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