A Royal Albatross, empresa de cruzeiros de luxo em Cingapura, resolveu fazer uma programação especial dedicada a comunidade LGBTI+, mas claramente não está preparada pra isso.

O turismo LGBT ganha a cada dia mais destaque. Pesquisas revelam a importância do segmento para a retomada do turismo no pós pandemia. Por isso mesmo, várias empresas começaram a focar em produtos para a comunidade LGBTI+. Mas, como vemos neste caso, muitas não estão preparadas e estão visando apenas o chamado “pink money”.

O aplicativo de relacionamento “Prout”, que inicialmente divulgou a iniciativa da companhia foi quem fez a denúncia do abusrdo. Inicialmente procurada pela Royal Albatross para divulgar a experiência do cruzeiro, a Prout retirou das suas redes sociais a postagem após alguns minutos no ar, graças a um contato discriminatório da Royal com a comunidade trans.

Leia também: Programação do cruzeiro gay do H&H Festival começa a ser divulgada

Em nova postagem nas redes sociais, a Prout explicou o ocorrido e postou prints da conversa. A explicação fala que 10 minutos após a postagem inicial promovendo o cruzeiro, a Royal Albatross entrou em contato para saber se havia algum transexual seguindo as redes sociais da divulgadora.

Segundo o contato feito, a Royal afirmou que queria retirar a comunidade trans da divulgação por “ser muito pequena, ser muito intensa, não poder pagar pelo cruzeiro e que só cria problemas”. Dizendo que preferia focar mais nos gays e lésbicas, afirmou ainda que não queria “causar danos a marca”. Para piorar, ao longo da comunicação, ainda se referiu a comunidade trans como “lixo”.

Se o objetivo era não “causar danos a marca”, a exposição feita pela Prout (de forma correta) acabou gerando grande revolta contra a Royal Albatross. A mesma então usou as redes sociais para emitir um pedido de desculpas e afirmar que o fato foi um membro da equipe que “usou uma má escolha de palavras para se dirigir ao nosso público-alvo”.

A repercussão negativa levou ao adiamento do cruzeiro focado na comunidade LGBTI+ e a Royal Albatross afirmou que errou ao “não levar em consideração a diversidade de toda a comunidade”. A empresa disse ainda que iniciou treinamento em diversidade para “entender mais sobre as sensibilidades envolvidas”. Finalizaram o comunicado avisando que esperam em breve realizar o cruzeiro, “com sucesso e onde todos são bem-vindos”.

Foto: reprodução instagram

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *