Não é novidade que o turista LGBTI+ é um dos que mais gasta em viagens. Se esse viajante já era importante para o setor, na retomada do turismo no pós-pandemia ele deverá ser fundamental. É o que aponta pesquisa feita pela IGLTA – Associação Internacional de Turismo LGBTQ+.

Realizada com aproximadamente 15.000 viajantes de todo o mundo (O Brasil foi o segundo país que teve mais participação, ficando atrás apenas dos Estados Unidos), a pesquisa da IGLTA revelou que dois terços dos entrevistados (66%) querem voltar a viajar tão logo sejas estabelecidos protocolos de segurança global. Ainda, que a maioria (57%) pretendem se hospedar em hotel ou resort, contra apenas 34% afirmar ficarão em casa de férias ou imóvel alugado.

Estudos anteriores mostraram que a nossa comunidade é um segmento de viagens resiliente e leal, com tendência a viajar mais. Queríamos documentar seus sentimentos durante esse momento desafiador para lembrar à indústria do turismo que os viajantes LGBTI+ deveriam ser uma parte valiosa de seus planos de recuperação

John Tanzella, CEO da IGLTA, sobre o resultado da pesquisa

Os números são animadores para um setor que luta para conquistar a confiança do viajante ainda assustado pela pandemia da Covid-19. O desejo forte em viajar permaneceu intacto entre a comunidade LGBTI+ e, para a alegria do setor hoteleiro, como mostrou os resultados da pesquisa da IGLTA, as medidas anunciadas pelos hotéis nos protocolos de segurança em higiene parecem estar tendo um impacto positivo junto a esse público.

A expectativa de data para quando será possível voltar a viajar, para a maior parte dos entrevistados será entre setembro e outubro. Assim como era esperado, a retomada do turismo deverá ser mesmo com viagens mais próximas. A maioria (57%) considera uma viagem doméstica como a opção para o pós-pandemia. Quase a metade (45%) deverão optar por viagens de no máximo 3 horas de distância. Mesmo assim, quase um terço (29%) considera fazer viagens internacionais.

Sobre as atividades relacionadas a esse setor do turismo, chama a atenção que 33% afirmou pensar em viajar para um evento LGBTI+, mesmo com a questão de grandes aglomerações. Mas, o setor de cruzeiros poderá demorar um pouco mais a se recuperar, mesmo entre os viajantes LGBTI+, já que apenas 13% pensam em fazer esse tipo de viagem ainda este ano.

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