A pandemia da Covis atingiu diversos setores da sociedade. Todos sabemos que a saúde foi um dos mais atingidos, mas além dos resultados diretos, como aumento de mortes e internações, há ainda os impactos secundários. Quem vive com HIV está no que especialistas chama de danos colaterais da pandemia.
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Isso porque o isolamento social impactou de forma direta não só na distribuição dos remédios, como também nos testes, tanto de acompanhamento de quem vive com HIV quanto nos diagnósticos novos.
Antes mesmo da pandemia, a meta do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV / AIDS (UNAIDS) de 73% das pessoas vivendo com HIV tendo acesso ao tratamento com os medicamentos anti-retrovirais já não havia sido atingida. Mas, a Covid ainda trouxe números mais preocupantes.
Estima-se que só em 2020 foram 1,5 milhão de novas infecções por HIV e 680 mil mortes relacionadas à AIDS. Ainda, a quantidade de teste de HIV realizados no ano passado caiu 22% mais de 100 países de baixa e média renda. O número de pessoas atendidas nos programas de prevenção ao HIV também caiu (11%).
Mas há ao menos alguns dados para comemorar. Houve um aumento de 8,8% no ano passado, no número de pessoas recebendo tratamento para HIV nesses mesmos países.
As estimativas são que o número 37,7 milhões de pessoas vivem com HIV no mundo, das quais cerca de 84% foram diagnosticadas. Mas, apenas 27,5 milhões de pessoas estão recebendo tratamento anti-retroviral.