Eles assumiram o controle do aplicativo recentemente, mas os novos donos prometem deixar o Grindr mais inclusivo. Uma das marcas mais fortes de apps de relacionamentos gay do mundo parece ser um investimento somente positivo, mas é importante ressaltar que é uma das mais associadas a exclusão dos que não se enquadram no que chamamos de “gay padrão”.
Pesquisando tópicos no Reddit sobre o aplicativo, Jeff Bonforte, novo CEO do Grindr, observou o grande número de usuários que se sentiam envergonhados pelo Grindr devido à idade, peso, raça ou outras características. Em entrevista ao site Advocate, ele afirma que essa será uma de suas preocupações na gestão.
Isso não acontece só no Grindr, nem mesmo só no ambiente digital. Mas pode ser amplificado nesses espaços. Na medida que isso acontece no Grindr, estamos tentando garantir que nossos usuários tenham uma experiência positiva.
Jeff Bonforte fala sobre usuários que não se sentem aceitos no Grindr.
O CEO destaca que a crueldade pode ter várias fontes, seja anonimato, ingenuidade ou falta de empatia. Mas, para deixar o Grindr mais inclusivo, se comprometeu em em descobrir maneiras, através da educação ou do design de produtos, para incentivar mais empatia. Uma ação já aconteceu na nova gestão: Como resposta ao movimento Black Lives Matters, o app anunciou a retirada do filtro étnico.
Outra medida será a contratação de mais LGBTI+ para trabalhar na empresa. Uma resposta direta as críticas sofridas pela empresa anteriormente, com a divulgação da demissão de pessoas da comunidade. Tanto Bonforte, quanto ser sócio Rick Marini, se mostram comprometidos em melhorar essa questão.
Queremos contratar missionários, não mercenários. Não queremos pessoas que estão aqui pelo dinheiro. Queremos pessoas aqui pela causa. Além disso, ter pessoas LGBTI+ na sala é essencial para “entender as necessidades dos usuários”.
Bonforte sobre a contratação de LGBTI+ para a empresa
Curiosamente os novos donos são heterossexuais, mas se identificam como aliados. Ambos marcharam na Parada do Orgulho de San Francisco em 2016 e são doadores do GLAAD. Eles também afirmaram na entrevista o desejo de aumentar esse registro de filantropia e ativismo LGBTQ + por meio de sua liderança no Grindr.
Eu realmente quero que este seja um lugar positivo para todos, não apenas para as pessoas bonitas que já têm um tempo fácil na sociedade. Isso tem que funcionar para todos.
Rick Marini , COO do Grindr, falando sobre a importância de tornar o Grindr mas inclusivo