Na última semana a cidade de Copenhagen, na Dinamarca, recebeu mais uma edição da World Pride. E pela primeira vez na história o evento contou com uma delegação brasileira formada por ativistas e representantes de entidades representativas da comunidade LGBTQIA+.

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A cada dois anos uma cidade recebe o evento. Conhecida como a Parada do Orgulho LGBTQIA+ Mundial, a World Pride conta ainda com uma programação que reúne eventos arte, cultura e debates sobre direitos LGBTQIA+.

Apesar da pandemia, o governo dinamarquês financiou a viagem de ativistas do mundo inteiro para participar do Human Rights Forum, um dos destaques de Copenhagen 2021. E num esforço grande conseguiu levar uma delegação brasileira plural, com grande representatividade das pautas LGBTQIA+ em nosso país.

Um país complexo como o nosso só pode ser representado coletivamente. Uma pessoa não consegue falar por toda a comunidade LGBTQIA+ brasileira, por mais representatividade que ela tenha. Ter uma delegação brasileira na World Pride foi importante para falarmos do nosso país e ao mesmo tempo pensar juntos, além de converter oportunidades para o Brasil.

Egerton Neto, Coordenador Internacional da Aliança LGBTI+ e voluntário na organização de Copenhagen 2021, fala sobre a importância da delegação brasileira.

Além de participar das atividades do Human Rights Forum, a delegação brasileira de destacou por criar oportunidades especiais para falar sobre a atual situação no nosso país e criar pontes com organizações internacionais para a construção de trabalhos conjuntos.

Em um encontro organizado pelos brasileiros, diversas entidades e organizações internacionais ouviram uma palestra sobre a ameaça a democracia e aos direitos LGBTQIA+ pelo atual governo federal. Os brasileiros puderam ainda trocar experiências com esses ativistas sobre como melhorar o desenvolvimento do trabalho em nosso país. Entre os presentes, entre outros, estavam representantes do Human Rights Watch, OutRight Action International, Kaleidoskop Trust e a All Out.

O mesmo tema foi abordado em uma encontro na Embaixada Brasileira na Dinamarca. Carlos Henrique Moscardo de Souza, Ministro Consular, recebeu a delegação brasileira e se comprometeu a encaminhar ao Ministério das Relação Exteriores do Brasil as demandas apresentadas.

Em outro momento, os brasileiros se reuniram com representantes de entidades e parlamentares latino-americanos para trocar experiências e pensar maneiras de somar forças para o auxílio na luta pelos direitos LGBTQIA+ em toda a região.

Além disso, a deputada Robeyoncé Lima representou nosso país em um evento que reuniu mais de 130 parlamentares LGBTQIA+ de todo o mundo. Na oportunidade Roberyoncé destacou que somos o país que mais mata a população trans e travesti no mundo há mais de dez anos.

Foi um espaço estratégico de denúncia da violação de direitos humanos que ocorre no Brasil, especialmente em relação a população trans. Esses eventos internacionais servem como um canal de denúncia.

Robeyoncé Lima, co-deputada estadual de Pernambuco, fala sobre a participação na World Pride.

Estiveram presentes pela delegação brasileira Robeyoncé Lima, parlamentar; Toni Reis e Egerton Neto, da Aliança Nacional LGBTI+; Cláudio Nascimento, da Rede Gay Latino; Alicia Krüger, da Associação Nacional de Travestis e Pessoas Trans (ANTRA); Ananda Puchta, da ELLA Global Community; Otávio Furtado, Diretor da Câmara de Comércio e Turismo LGBT do Brasil; Gabriel Alves, da Not Only Voices; Alexandre Leal, da United Nations Human Rights; Gabriel Galil, da ILGA World; Mariana Hase Ueta, pesquisadora; Pedro Jordão, jornalista; e Pedro HMC, youtuber.

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