O fim de semana foi agitado para os fãs de Harry Potter. E o assunto continua rendendo (ainda bem, afinal todo debate é válido). Mas para quem ainda não entendeu o que aconteceu, resumimos aqui a nova polêmica de JK Rowling com a comunidade LGBTI+.

Tudo começou quando a autora de Harry Potter compartilhou em seu twitter um artigo sobre os impactos da Covid-19 na menstruação e a saúde. O que era pra ser digno de destaque por utilizar “pessoas que menstruam” uma terminologia inclusiva ao lembar que homens trans também podem menstruar, acabou sendo alvo de crítica da escritora.

Poderia até ser um descuido em não lembrar dos homens trans, mas como essa é apenas a nova polêmica de JK Rowling com a comunidade LGBTI+, muita gente acredita que foi uma forma “velada” de transfobia. Para tentar se defender, a autora ainda acusou pessoas trans de “apagar o conceito de sexo”, mostrando total desconhecimento da diferença entre sexo biológico, sexualidade e identidade de gênero.

Colunista da revista Attitude, Amrou Al-Kadhi lembra isso é uma desculpa comumente utilizada pelos transfóbicos: “As pessoas trans não são um coletivo ideológico que tenta apagar a ideia de sexo biológico”. Lembra ainda as pessoas trans são 0,6% da população que não se identificam com o sexo que lhes foi atribuído. “Elas estão apenas tentando viver”, completa.

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Outro que criticou a nova polêmica de JK Rowling com a comunidade LGBTI+ foi Daniel Radcliffe, ator que vive Harry Potter no cinema. Em texto no site do The Trevor Project, Daniel lembra ainda que o tweet da autora ainda é preconceituoso com mulheres trans, que pela lógica de JK por não menstruarem não seriam mulheres.

Mulheres trans são mulheres. Qualquer declaração ao contrário apaga a identidade e a dignidade das pessoas transgênero e vai contra todos os conselhos dados por associações profissionais de saúde que têm muito mais experiência no assunto que Jo ou eu.

Daniel Radcliffe em resposta ao tweet transfóbico de JK Rowlling.

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