O Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) manifestou preocupação com a violência contra LGBTQs durante a pandemia do novo coronavírus. Segundo a entidade, há relatos de violência contra a comunidade disfarçados de ações para garantir o isolamento social.

Em Uganda, vinte pessoas LGBTQ+ foram presas recentemente em um ataque a um abrigo. As autoridades locais alegaram que a ação foi decorrente do descumprimento das normas de isolamento social. Nas Filipinas, três LGBTQs foram humilhados publicamente por violar o toque de recolher, sendo obrigadas a dançar e se beijar.

Todas as pessoas, independentemente de sua orientação sexual, identidade ou expressão de gênero, têm direito à saúde, segurança e proteção, sem exceção. O respeito e a dignidade agora são necessários mais do que nunca.

Winnie Byanyima, diretora executiva da UNAIDS

Há também a preocupação com a privacidade e a confidencialidade, pois não sabemos como os governos estão usando tecnologias e smartphones para monitorar os movimentos das pessoas durante bloqueios ou toques de recolher. Homens gays e pessoas com incongruência de gênero são frequentemente os primeiros alvos e os mais impactados pelo aumento dos esforços de policiamento e vigilância .

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Outro fator que causa preocupação da UNAIDS é que o auto isolamento e o distanciamento físico podem ser particularmente desafiadores e até perigosos para LGBTQs. Muitos enfrentam violência e maus-tratos enquanto se abrigam em casas com familiares que não os aceitam. O isolamento também pode agravar as condições pré-existentes de saúde mental, comuns entre as pessoas LGBTQs, incluindo solidão, depressão, ansiedade e ideação suicida.

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