Em tempos de redes sociais o comportamento sedutor é cada vez mais latente, inclusive entre os gays. Seja solteiro ou comprometido, o viciado em seduzir precisa se sentir desejado. Mas, o que pode parecer apenas uma característica inofensiva reflete na verdade problemas internos. Acredite, isso é uma síndrome e tem até nome: Síndrome de Don Juan.
Não há problema algum no jogo da sedução e ele faz parte da vida de todos nós. A questão é quando isso se torna, na maioria das vezes sem percepção, algo compulsivo. Com doses de narcisismo, mas com grandes pitadas de insegurança, o comportamento é prejudicial não só a há quem acaba envolvido, mas também há quem pratica. Você já se questionou se é viciado em seduzir?
O funcionamento geral depende do que a pessoa tem como atributo a ser enaltecido, seja no corpo, no intelecto, no jeito de ser. Depende do que cada um tem para apresentar como objeto de sedução.
Bruna Andressa da Silva, mestre em psicologia clínica pela USP, explica como age a pessoa com Síndrome de Don Juan, em matéria do site Viva Bem do UOL.
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De uma maneira geral, as pessoas com Síndrome de Don Juan sentem mais interesse em uma relação na fase da sedução. Mais do que isso, o interesse diminui (e quase sempre acaba) quando o objetivo é alcançado. Quando desperta o interesse da pessoa, é hora de partir pra outra.
Por isso, não fica difícil explicar o quanto isso é prejudicial para a outra pessoa (ou pessoas, já que não é incomum para o Don Juan seduzir mais de uma ao mesmo tempo). Mas engana-se quem acha que o viciado em seduzir não enfrentará problemas.
Primeiro, quem tem Síndrome de Don Juan passa a ocupar parte do seu dia com isso, deixando de lado outras questões importantes. Pode haver também a necessidade de flertar independente do ambiente que esteja, levando à situações constrangedoras.
O Don Juan costuma facilmente ter envolvimento sexual, mas tem um frágil apego íntimo. Não há envolvimento emocional profundo, tão pouco construção de intimidade, duas questões básicas para um relacionamento de longo prazo. O viciado em seduzir até pode ter uma constância de parceiros ao longo da vida, mas em algum momento apresentará um vazio por não ter conseguido construir uma relação mais profunda com algum deles.
Há também o perigo que isso extrapole as questões amorosas. Como a necessidade de atenção está tão latente, pode acabar se expandido para outras áreas da vida como amizades, relações familiares e até trabalho.
Vale ressaltar que há quem acredite que o viciado em seduzir tem auto estima elevadíssima. Engana-se! Normalmente são pessoas de baixo estima que precisam constantemente de autoafirmação. Por isso, o esforço em seduzir para se sentir desejado, de preferência por múltiplas pessoas. Pra psicólogos, o comportamento frequentemente está relacionado com traumas de vulnerabilidade ou abandono, especialmente relacionado à família.
Acho que sofro desse problema relatado! Justamente por abandono da família.
Até para tomar banho só tomo me olhando no espelho, isso para eu ficar verificando a minha auto afirmação de conseguir tudo o que eu quero. Gosto de chamar atenção onde quer que eu vá, e minha sedução é de fato letal.
Preciso de ajuda!