Uma pesquisa realizada pela Nix Diversidade em parceria com a Nike revelou que quase metade dos LGBTs já foram alvo de preconceito no esporte. O relatório final do “Diversidade & Inclusão No Esporte – Estudo sobre as Conquistas e os Desafios da Comunidade LGBTQIA+ no Brasil” mostrou que 63,5% já sofreram ou presenciaram discriminação no esporte.

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Ainda, quase metade dos respondentes (46,4%) já foram vítimas de assédio, bullying e traumas durante a pratica de atividade esportiva. Estes dois dados explicam porque a esmagadora maioria (85,3%) considera que transfobia, homofobia e outras LGBTfobias são problemas do esporte no Brasil.

O levantamento demonstrou ainda que 42,8%, da população LGBTQIA+ não têm acesso ao esporte. A falta de tempo (26,3%) e a falta de companhia (20,6%) foram apontados como os maiores fatores, mas 18,3% apontaram que bullying ou assédio são os motivos que os afastam do esporte.

O acesso ao esporte competitivo é um desafio ainda maior. Embora nos últimos tempos esportistas tenham falado mais abertamente sobre sua sexualidade ou identidade de gênero, apenas 4,4% dos pesquisados praticam modalidades esportivas de forma profissional. A maioria (52,3%) tem como o objetivo apenas lazer.

Chamou a atenção que um número grande (40,8%) relatam uma relação amadora com o esporte. Esse número já pode ser reflexo dos times e competições voltadas para o público LGBTQIA+ que está ganhando cada vez mais destaque no Brasil.

Apesar dos dados negativos, 76,8% dos entrevistados acreditam que o esporte é importante para membros da comunidade LGBTQIA+. E devemos levar em consideração não só os benefícios para a saúde, mas também a inclusão através do esporte.

Prova disso é o interesse que o esporte desperta entre membros dessa comunidade. 59% dizem acompanhar, assistir ou torcer por ao menos uma modalidade esportiva. Porém, novamente o medo de sofrer preconceito no esporte reaparece quando apenas 22,5% relatam frequentar eventos esportivos presencialmente. A explicação está no fato de 68,3% afirmaram que já presenciaram preconceito em ambientes esportivos, como estádios e ginásios.

A representatividade é peça fundamental para mudar esse panorama. 95,8% revelaram admiração por atletas que se assumem LGBTQIA+ e 93,8% apoiam iniciativas inclusivas de empresas com foco no esporte.

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