A estreia na semana passada do novo reality do E! Entertainment mostrou a escolha das dez participantes que disputarão uma vaga na agência JOY Models. Conheça mais sobre modelos trans de Born to Fashion.

Das vinte concorrentes a um lugar no programa, as selecionadas foram eleitas após contarem um pouco sobre si e desfilarem para Lais e o time de especialistas, a consultora, roteirista e multiartista Alice Marcone, o maquiador André Veloso e a estilista Lila Colzani. Abaixo mostramos as modelos trans de Born to Fashion, suas contas no instagram e um pouco sobre a vida de cada uma.

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26.06.20

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Nascida em Pirassununga (SP), Alice Agens despertou desde pequena seu gosto pela moda e a arte. Incentivada pela mãe, que sempre a presenteava com giz de cera, já criava em seu imaginário peças de roupas, desenhava croquis e sapatos em seus cadernos, que achava que nunca poderia usar.

Por falta de informações sobre o tema, só aos 15 anos entendeu sua identidade de gênero. Junto com a informação veio o medo, sabia que não teria aprovação dos pais. Começou a terapia hormonal escondida e após uma ruptura familiar no fina do ensino médio, teve que sair de casa.

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BÁRBARA!

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Outra selecionada entre as modelos trans de Born to Fashion é Bárbara Brito (São José dos Campos, 1996) deixou para trás a família tradicional cristã em São José dos Campos (SP) para realizar seus sonhos na capital. Cedo conheceu a lei da cidade grande e foi atrás dos seus sonhos.

É integrante do MEXA, coletivo formado por pessoas em situação de vulnerabilidade e por membros da comunidade LGBTI+. Em 2019, desfilou no São Paulo Fashion Week e na Casa de Criadores. Já se apresentou em espaços como Esponja e Casa do Povo e participou da mostra VERBO. Sua performance de “Calma Nega” ganhou destaque nas publicações internacionais ArtReview e Terremoto.

Cecília Gama dos Santos é natural de Valença (RJ), mas foi criada no Município de Corte de Pedra (BA). Apaixonada pelo mundo da moda, sempre sonhou em trabalhar nessa área, mas nunca achou que isso seria possível.

Aos 17 anos ingressou na faculdade UNIME de Itabuna para cursar psicologia , que segundo ela foi um dos momentos mais importantes da sua vida. Aos 18 anos começou seu processo de transição, mas sempre teve medo. A coragem para tomar a decisão, no entanto, veio após momentos de grande disforia com sua imagem anterior.

Giorgia Narciso teve sua trajetória marcada por mudanças – só de escolas, foram 13. Viveu a maior parte da vida entre as favelas e subúrbios do Rio de Janeiro (RJ).

Foi expulsa de casa definitivamente após iniciar sua transição de gênero aos 20 anos. No mesmo período entrou na agência Jacaré, que tem como propósito colocar pessoas das periferias do Rio no mercado de moda. Graduanda em Artes Visuais pela Escola de Belas Artes da UFRJ, integra a cooperativa de serigrafia Fudida Silk; uma intersecção entre moda e arte.

A modelo Joanna Almeidda é natural de Recife (PE), mas passou a infância e pré-adolescência com seus avós na cidade de Cachoeirinha (PE). Sua paixão pela moda veio desde criança, quando se imaginava desfilando nas roupas que ela mesma desenhava.

Ao tentar a carreira de estilista, Joanna caiu de paraquedas como modelo no universo fashion. Tudo começou com uma fotógrafa, mãe de uma aluna do seu antigo colégio. A artista viu Joanna numa festa, gostou de seu perfil e a convidou para modelar. Quem diria, tempos depois seria uma das modelos trans de Born to Fashion. Além de modelo, Joanna é corredora iniciante associada a duas grandes marcas, onde participa de grupos de corrida e eventos com outros corredores e celebridades.

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Onde eu gostaria de estar.. ?

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Lana Santucci é natural de São Paulo (SP). A escola foi um período muito turbulento em sua vida por conta do bullying e da agressão física e psicológica que sofria. Por isso, Lana construiu uma personalidade forte e assertiva. Descobriu sua sexualidade por volta de 16 anos, quando percebeu que gostava de garotos. Mais tarde, aos 20 anos, entendeu-se como Mulher Trans. Após uma resistência inicial, recebeu total apoio familiar para realizar a transição de gênero.

Sempre quis trabalhar com Moda. Como nutria dois grandes sonhos, o de ser modelo e o de ser cantora, decidiu estudar moda. Se formou em Negócios da Moda (Fashion Business) pela Universidade Anhembi Morumbi. 

Luna Ventura se considera artista multilinguagem do corpo. Já expôs em BH obras de fotografia, performance, espetáculo de dança e cenas curtas. Militante pelos direitos da comunidade trans e travesti, também levanta bandeiras políticas, pautando a naturalização das corporalidades.

Em parceria a outros artistas da cidade de Belo Horizonte, realizou projetos de circulação em performance no interior do estado de Minas Gerais com o coletivo Antes do Corpo.O projeto culminou na produção do filme “Rosa”, no qual Luna foi atriz protagonista.

Natt Maat se descobriu multiartista em seu quarto no Guarujá (SP), quando se dedicou a produzir sozinha seus sons com equipamentos precários. Em 3 anos conseguiu criar o EP “Transtorno”, lançado em 2017 nas plataformas digitais. Além de rapper e beatmaker, é atriz comediante e modelo.

Já dividiu palcos com grandes nomes como As Bahias e a Cozinha Mineira, Brisa Flow, Preta Rara, Linn da Quebrada, Tássia Reis e muitas outras. Como atriz, participou de filmes como Perifericú, na região central de São Paulo, e Heterofobia, em Santos. Como modelo, posou para a Fearless Magazine no editorial Supernova e para Adriana Chiari Magazine, uma revista de Londres, onde falou sobre Transfobias e sua arte.

Luna Gruntman, nasceu em Pederneiras (SP). Cursou Técnico em Estilismo e Coordenação de Moda e também fez um curso profissionalizante de Atendente de Farmácia.

Se descobriu trans aos 15 anos e com o apoio de sua família iniciou a transição logo em seguida. Sempre foi ligada a moda. Seu interesse a princípio era mais na parte audiovisual, com foco nos fashion films. Atualmente Luna mora em Brasília-DF com seu noivo Lucas Soares, um homem trans, e trabalha como atendente em uma loja colaborativa.

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Uma publicação compartilhada por Miranda Luz? (@badgalmiranda) em

Miranda Luz é desenvolvedora de moda contemporânea, atuante em diversas áreas do mercado nacional. Foi a primeira pessoa trans a assinar styling dentro da estrutura SPFW e também cruzou as passarelas do evento como modelo.

Além de produzir editoriais como diretora criativa e executiva, atualmente desenvolve pesquisas relacionadas a consultoria de imagem de moda, pautando identidades e gênero. Agora é uma das modelos trans de Born to Fashion.

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