Em uma live ontem depois do último episódio do De Férias com o Ex Brasil, ao lado de Rafa Vieira, Jarlles Gois revelou que um discurso de militância não foi ao ar. Apesar da MTV ter destacado as falas de dois héteros agradecendo os participantes gay pela oportunidade de pensar melhor sobre o tema, o potiguar gostaria que a parte em que falam sobre a importância do movimento LGBTI+ fosse ao ar.

Desde que foi anunciada a participação do primeiro gay do De Férias com o Ex Brasil, Rafa Vieira, o assunto veio a tona. Além de questionar a representação da diversidade, muita gente usou as redes sociais para cobrar militância dos participantes. Com as tretas entre os participantes chegou até mesmo a de discutir a desunião gay.

Ontem, Jarlles desabafou explicando que o local não era o mais apropriado pra isso e citou o fato de um discurso sobre o assunto não ter ido ao ar. Segundo o potiguar, seu discurso não mostrado tocava no assunto com um agradecimento a militância.

Eu falei que queria agradecer a todos que sempre estiveram na linha de frente. Aos muitos que inclusive morreram para que a gente conquistasse nossos direitos.

Jarlles revela seu discurso no jantar final do De Férias com o Ex Brasil

Para ele, o fato da edição não ter mostrado este e o discurso de Rafa que ia pelo mesmo caminho só prova que por mais que eles tivessem militado mais durante o programa não seria mostrado: “O programa não é pra militância. Eles querem mostrar pegação, treta… Por mais que a gente tivesse tentado fazer mais militância, não seria mostrado. Que foi o que aconteceu”.

Jarlles confirmou que não foi ao De Férias com o Ex Brasil pensando em militar, justamente porque não achava que seria o foco da edição. O momento mais próximo de discutir essas questões foi a treta entre Rafa e Diego, mas mesmo assim não ficou claro no programa o posicionamento de Rafa Vieira sobre a questão da homofobia estrutural que ele acredita ter sido o motivo que fez com que Diego não aceitasse beija-lo na brincadeira.

O potiguar fez questão ainda de falar que apesar de não militar tanto quanto muita gente, sempre deixou o espaço de suas redes sociais para quem precisar e quiser falar a respeito. Ainda fez questão de reconhecer que mesmo entre a comunidade LGBTI+ está em uma posição mais privilegiada que outros que sofrem mais preconceito.

Reconheço meu lugar de privilégio por ser mais “padrão”, mas nem por isso sou menos gay que você.

Jarlles fala sobre cobranças quanto a representatividade.

Para ele só o fato de ter gays no programa já é uma forma de representatividade e fez questão de dizer que acredita que todos os participantes gays, inclusive Matheus e Leo (participantes que não tem mais contato) sofreram esse tipo de pressão.

Por fim, pediu que a comunidade se unisse mais para que possa conquistar novos avanços. “Durante o programa onde fui mais linchado foi na própria classe”.

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