Já falamos que Tokyo 2020 ficou marcada como a edição olímpica com maior número de LGBTs declarados participando. Todos os atletas representam uma equipe nos Jogos Olímpicos, sempre de países. Mas, se existe o Time LGBT, essa equipe teria terminado a Olimpíada na sétima colocação do quadro de medalhas.

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Claro que não há nenhum tipo de contagem oficial conforme a sexualidade ou identidade de gênero do atletas (até porque em esporte coletivos nem todos da equipe são LGBTQIA+), mas o levantamento da OutSports mostra que os atletas LGBT não só participaram dos jogos como conquistaram ótimos resultados.

Pelo menos 182 atletas LGBT participaram dos Jogos Olímpicos Tokyo 2020 e cerca de 30% voltaram com o peso extra de uma medalha olímpica na mala (56 no total). Como alguns participam de esportes coletivos em que há mais de um atleta LGBT na mesma equipe, a contagem final de medalhas conquistadas pelo Time LGBT é de 32 medalhas.

Seguindo o quadro de medalhas que consta no site oficial de Tokyo 2020, em que o primeiro critério é o número de ouros, seguido pelas medalhas de prata e bronze como critérios de desempate, o Time LGBT ocuparia a sétima colocação, com 11 medalhas de ouro, 12 de prata e 9 de bronze.

O Time LGBT ficaria logo após da Austrália, que finalizou na sexta colocação com 17 medalhas de ouro, mas a frente de países fortes como Holanda, França, Alemanha, Itália e Canadá e até do Brasil, que se despediu de Tokyo 2020 com 7 ouros, 6 pratas e 8 bronzes (melhor campanha de todos os tempos).

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Um destaque de Tokyo 2020 foi a participação de atletas trans. Quinn (Canadá) se tornou a primeira pessoa trans a conquistar uma medalha de ouro em Jogos Olímpicos, quando seu time derrotou a Suécia na final do futebol feminino.

Mulheres conquistaram quase todas as medalhas LGBT em Tokyo 2020. Tom Daley foi o único homem gay campeão olímpico (ao lado de Matty Lee na plataforma sincronizada de 10m dos saltos ornamentais). Ele ainda faturou medalha de bronze na competição individual.

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Mas talvez a história de maior impacto de Tokyo 2020 para atletas LGBT seja a de Katarzyna Zillmann, que conquistou prata no Skiff quádruplo feminino do remo. Momentos depois da conquista ela falou sobre sua sexualidade ao agradecer a sua namorada pelo apoio. Não foi a única competidora a fazer uma dedicatória a namorada, mas o fato dela ser polonesa. O país avança com uma série de leis anti-LGBT nos últimos tempos.

O Brasil teve três atletas LGBT conquistando medalhas em Tóquio. Além do ouro na Maratona Aquática, duas jogadoras da seleção feminina de vôlei ficaram com a prata.

A sexualidade ou identidade de gênero de um atleta não deveria importar. Mas se lembrarmos que 10 países que mandaram representantes para Tokyo 2020 ainda tem pena de morte para homossexuais, a representatividade dos atletas (medalhistas ou não) tem uma grande força.

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