Se na quinta-feira da semana passada o Governo de Uganda anunciou a intenção de apresentar ao parlamento uma proposta para restabelecer a pena de morte para homossexuais, com o nada agradável nome de lei “mate os gays”, o governo anunciou nesta semana que voltou atrás.
Em entrevista a agência Reuters, um porta-voz da presidência anunciou que o governo vai desistir de apresentar a proposta. Contudo, a homossexualidade continua sendo crime no país com previsão de pena até de prisão perpétua. A desistência de retomar a pena de morte para homossexuais pode até ser considerada uma vitória (embora não possamos desistir de mudar a criminalização também), já que segundo o Pew Research Center, entidade norte-americana, divulgou uma pesquisa que mostra que 96% da população do país acredita que não se deve aceitar a homossexualidade.
Homossexualidade não é natural para o povo da Uganda, mas tem havido um recrutamento maciço por pessoas gays nas escolas e, especialmente, entre os jovens, onde eles estão promovendo a ideia falsa de que as pessoas nascem assim
Simon Lokodo, ministro da Ética e Integridade de Uganda
No continente africano a criminalização da homossexualidade é bastante frequente. No Quênia, recentemente foi mantida a punição para quem for condenado por atos LGBT. Mais absurdo ainda, em 2018 foi criado na Tanzânia um esquadrão de caça a gays, composto por membros oficiais do governo.