Na ultima quarta (15/05) foi publicado no Diário Oficial de União o Plano Nacional de Turismo 2018-2022. Para surpresa do mercado, apesar das recentes declarações do presidente Bolsonaro , o incentivo do turismo LGBT foi retirado do texto.
No plano original, criado ainda sob orientação do ex-ministro Marx Beltrão, no governo Temer, as estratégias incluíam “sensibilizar o setor para a inclusão das pessoas idosas e do público LGBT no turismo”. No texto publicado pelo governo atual se restringe apenas aos idosos.
A mudança surge como primeira reposta direta e objetiva do governo atual a fala recente do presidente que “o Brasil não pode ser um País do mundo gay, de turismo gay”. Entidade e agentes do turismo se mostraram surpresos, mesmo já tendo discutido o posicionamento do presidente (clique no link para ler mais a respeito), com a retirada do turismo LGBT do Plano Nacional de Turismo.
Coordenador Membros Brasil da IGLTA (International Gay and Lesbian Travel Association), Clovis Casemiro disse ter sido surpreendido com esta decisão que é muito direcionada a retirar do governo qualquer apoio institucional à nossa comunidade, e consequentemente, ao Turismo LGBT. “Mudaram somente isso no plano de turismo, o restante não foi alterado. Uma mudança feita sem nenhum estudo ou participação do trade, na calada da noite”.
Clovis lembrou que o mercado LGBT pode ajudar no crescimento econômico da indústria. Segundo dados do original do Plano Nacional de Turismo, 10% dos viajantes do mundo são turistas LGBT e representam 15% do faturamento do setor.
Mas, para Ricardo Gomes, presidente da Câmara de Comércio e Turismo LGBT do Brasil, a retirada do Turismo LGBT do Plano Nacional de Turismo não surpreende. Segundo Ricardo, o plano de trabalho para incremento do Turismo LGBT dentro e fora do País para 2019, contemplado pelo acordo de cooperação assinado entre Câmara, Ministério e Embratur no ano passado e com validade até junho de 2023, não avançou em nada este ano. “Tínhamos em andamento planejamento de treinamentos por todo país, participação em feiras, apoio à Conferência Internacional da Diversidade e Turismo LGBT e o ministério simplesmente não responde nossos e-mails nem nossos ofícios, o que nos parece uma irresponsabilidade com a coisa pública e um desrespeito com a sociedade civil organizada, e mais, um descumprimento do acordo que temos assinado e publicado no diário oficial da união”.
Ricardo afirma que já esperava que este governo “de forma irresponsável, excluísse o nicho de turismo mais rentável do planeta”. Mas fez questão de ressaltar que a entidade continuará seu trabalho de promover o empreendedorismo, a empregabilidade e o turismo de e para a comunidade LGBT no Brasil, reafirmando seu compromisso com a geração de renda e o combate à crise econômica e institucional no País. “Reafirmamos nosso compromisso com o Turismo LGBT ao confirmar a realização da Conferência Internacional da Diversidade e Turismo LGBT (de 25 a 28 de agosto de 2019 na cidade de São Paulo), bem como com a continuidade das atividades assumidas com a sociedade, inclusive com o Acordo de Cooperação Técnica firmado entre a Câmara LGBT, a Embratur e o Ministério do Turismo”, finalizou.
Até Emirados Árabes (Dubai por exemplo) está flexibilizando o turismo para atender também aos gays (pouco mas para um pais tão fechado já e uma luz no fim do túnel) enquanto aqui…retrocesso a idade media.
Até Emirados Árabes (Dubai por exemplo) está flexibilizando o turismo para atender também aos gays (pouco mas para um pais tão fechado já e uma luz no fim do túnel) enquanto aqui…retrocesso à idade media.