Para evitar um novo caso de exposição de atletas gay, o Grindr alterou as configurações do recurso “explorar” nas imediações da Vila Olímpica dos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim. O receio é que atletas fossem expostos novamente, podendo trazer problemas tanto na China quanto nos seus países.
Leia também: Grindr revela países com mais ativos e passivos
Tecnicamente a China legalizou as relações entre pessoas do mesmo sexo, mas o país continua hostil aos gays que tem pouca proteção legal em muitas regiões. Além disso, casos em Jogos Olímpicos anteriores expuseram atletas que vivem em países onde há algum tipo de criminalização da homossexualidade.
O histórico do aplicativo de pegação com os Jogos Olímpicos sempre foi controverso. Na primeira edição (Londres 2012) o Grindr saiu do ar pelo excessivo número de acessos. Quatro anos depois (Rio 2016) uma polêmica matéria expôs atletas que usam o aplicativo. Já em T´óquio 2021, foram usuários de redes sociais que usaram o recurso para expor atletas que estavam online na Vila Olímpica.
Agora a Bloomberg revelou que o aplicativo optou em bloquear o recurso para a região da Vila Olímpica. “Queremos que o Grindr seja um espaço onde todos os atletas queer, independentemente de onde sejam, sintam-se confiantes em se conectar uns com os outros enquanto estiverem na Vila Olímpica”, justificou Jack Harrison-Quintan, diretor do departamento Grindr for Equality.
Dessa forma acredita-se que os usuários olímpicos poderão usar o aplicativo para se conectar com pessoas, sem se preocupar com algum tipo de exposição. Porém existe sempre o risco de algum credenciado usar a ferramenta de localização próxima para acessar esse tipo de informação.