Apesar de ter dados de 2018, um estudo recentemente divulgado pela CDC – Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos – revela que 1 em cada 5 americanos seja portador de uma IST (Infecção Sexualmente Transmissível). Ainda, que os mais jovens são os mais expostos.
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Segundo o levantamento, 60 milhões de pessoas viviam com alguma IST em 2018 no país, sendo que 26 milhões foram adquiridas no ano da pesquisa. Chamou a atenção que metade dessas novas infecções foram em jovens entre 15 e 24 anos.
A infecção mais comumente detectada foi o HPV. Se somada a clamídia, tricomoníase e herpes genital, este recorte das infecções mais comuns representa 97,6% do total e 93,1% de todas as recém-adquiridas.
Embora os números sejam alarmantes, é preciso citar que estão inclusos pessoas que vivem com HIV e são indetectáveis, portanto não podem transmitir o vírus, ou com herpes, que só pode ser transmitido quando a pessoa tem um surto da doença.
Porém, outras infecções se não tratadas podem causar problemas. Por isso, especialistas avaliam a necessidade de melhorar o sistema de prevenção e tratamento, além de destacar a importância de campanhas antingirem o público mais jovem.
Raul Romaguera, diretor interino da Divisão de Prevenção de DST do CDC, lembra que cortes nos esforços de prevenção de ISTs resultam em custos mais altos no futuro, financeiros e humanos. Para se ter uma ideia, o CDC estima em US$ 16 bilhões o gasto no tratamento de pessoas com infecções ao longo da vida. Uma prova que a prevenção como política de estado significaria inclusive uma redução nos gastos governamentais.
Um outro alerta importante foi feito por Jonathan Mermin, diretor do Centro Nacional do CDC para HIV / AIDS. Para ela há uma urgência de reverter a tendência de aumento de ISTs, especialmente após a pandemia de COVID-19, que afetou muitos serviços de prevenção de IST.
O estudo aponta a importância de fazer exames regularmente para ISTs. O CDC recomenda que pessoas sexualmente ativas façam um check-up anual. Se tiverem vários parceiros a recomendação é a cada 3 ou 6 meses.
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