Estreia no próximo dia 1º de dezembro – Dia Mundial da Luta contra a AIDS -, às 20h, na MTV Brasil um documentário sobre HIV. “Deu positivo” é protagonizado por pessoas reais que vivem com o HIV, mostrando suas histórias com naturalidade e clareza, mas também lidando com estigmas e preconceitos que, até os dias atuais, rondam a causa.

Gravado durante a pandemia, respeitando os protocolos de segurança, o novo documentário sobre HIV terá três episódios. O projeto é da da farmacêutica GSK/ViiV Healthcare coproduzido pela Vbrand e Cine Group com promoção da MTV Brasil.

No episódio de estreia será mostrada a história de Victor Bebiano, um multiartista de 23 anos que, recentemente, tornou público que vive com HIV. Victor namora há dois anos com o cenógrafo e aderecista Guilherme Custódio, formando um casal sorodiferente.

Enquanto a gente não botar nossa cara, e mostrar quem a gente é, mostrar os nossos corpos, nossos rostos, mostrar como a gente vive, as pessoas vão continuar mantendo aquele estereótipo do passado

Victor Bebiano sobre sua participação no documentário sobre HIV da MTV Brasil

O segundo episódio conta a história de André Araújo (32), um jovem potiguar que chegou a São Paulo para expandir seus horizontes, no mesmo momento que recebe o diagnóstico de que vive com HIV. Engajado na militância artística contra sorofobia, sua jornada vai ser acompanhada por Micaela Cyrino.

Já o terceiro episódio conta a história de Emer Conatus, um educador cultural de 26 anos, que vive com HIV e atua em diversas ações para informar e educar. A iniciativa mais recente de Emer é o podcast Preto Positivo, que ele co-produz com Raul Nunnes.

Segundo Luciana Pires, produtora executiva da Cinegroup, encontrar personagens para o documentário sobre HIV foi um processo particular, em especial pela responsabilidade de manter o sigilo sobre a sorologia das pessoas que preferem não divulgar essa informação, que é um direito protegido por lei.

Na busca pelos nossos personagens ficou evidente o medo de abrir a sorologia. Isso impossibilitou muitos heterossexuais de toparem participar do programa, e revela um desafio enorme para nossa sociedade. Enquanto não quebrarmos barreira atrás de barreira contra a sorofobia, ainda teremos pessoas que chegam a prejudicar seus tratamentos por medo de sofrerem intimidações, vergonha, violências e discriminação por viverem com HIV.

Luciana Pires, produtora de “deu positivo” sobre o estigma

No Brasil, mais de 900 mil pessoas vivem com HIV1. Dados publicados pelo Ministério da Saúde mostram que, em 2018, das pessoas que vivem com HIV no Brasil, 85% já fizeram teste; destas, 78% estão em tratamento e, desse percentual, 93% apresentam supressão viral1.

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