Um artigo publicado no The Lancet ascendeu o alerta da comunidade médica ao relatar a transmissão sexual de uma cepa de HIV que seria resistente a PrEP. Mesmo assim, especialistas falam que não há motivo para pânico.

Ao estudar um caso de um francês de 23 anos que deu resultado positivo para HIV, apesar de ter testado inicialmente negativo, os médicos se depararam com uma cepa do HIV resistente a três diferentes classes de anti-retroviral (o comum é a resistência a um tipo), incluindo utilizados na profilaxia pré-exposição (PrEP).

A partir de então os médicos passaram a estudar a cepa do vírus multirresistente e descobriram também em um homem de 54 anos da mesma área, mas que nunca se encontrou com o primeiro paciente detectado.

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Em entrevista a revista francesa Têtu, o professor Pierre Delobel, chefe do departamento de doenças infecciosas do Hospital Universitário de Toulouse, afirmou que o importante no estudo é ter verificado a transmissão sexual e que a cepa é resistente a PrEP. Contudo, ele lembra que normalmente um vírus desse tipo tem dificuldade de se reproduzir e por isso não há motivo para pânico.

O risco de propagação desta cepa é baixo, especialmente porque os dois pacientes encontrados até agora concordaram em usar preservativo nas próximas relações sexuais. Mas, obviamente todos os laboratórios e virologistas na França estão em alerta.

Especialista afirma que não há motivo para pânico com a descoberta, mas é preciso ficar alerta

Mesmo assim, com a detecção da transmissão para estes pacientes, médicos na França e na Espanha começaram uma ampla busca por qualquer outro paciente HIV portador dessa cepa do vírus. Como os dois pacientes já detectados com a cepa não se conhecem, é preciso afirmar que ao menos mais uma pessoa é portadora.

Por fim, os especialistas lembram que mesmo no caso dos dois pacientes há opções de tratamento.

2 thoughts on “Médicos relatam cepa de HIV resistente a PrEP”

  1. Pelo estudo da nova Cepa, fica esclarecido que não há tranquilidade em efetuar relações sexuais sem preservativo mesmo sendo I = l, uma vez que possamos correr o risco de nova infecção ou até mesmo fortalecer o vírus adormecido ….

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