Chegamos em 2022 e ainda nos deparamos com esse tipo de coisa (pior, vindo de um jornalista). André Rizek, do SporTV, fez ontem (04/01) um tweet em que atacava os negacionistas (até aí tudo bem). Mas, o problema é que pra isso comparou COVID com HIV.

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No post feito pelo jornalista ele compara uma pessoa com HIV transar com camisinha a ume pessoa com COVID que não se protege. Primeiro é necessário lembrar (infelizmente ainda) que pessoas com HIV que se tratam NÃO transmitem HIV, ao contrário de pessoas com COVID que mesmo em tratamento transmitem o vírus.

Portanto a comparação não faz sentido. Vale ressaltar que o uso de camisinha é aconselhável para todas as pessoas, mas que pessoas com HIV que se tratam devem usá-la para não pegar outro tipo de doença e não porque poderiam transmitir o vírus.

Resumindo, o uso de camisinha (assim como o de máscara e a vacinação) é aconselhável para todas as pessoas. Neste caso independente se tem ou não HIV. Ainda, que uma pessoa que opte por transar sem camisinha, quando pensamos apenas no vírus HIV, se estiver em tratamento não tem chances de transmiti-lo, o que não podemos afirmar de pessoas que não se testam.

A comparação, além de errada, só aumenta o estigma de pessoas com HIV. A impressão deixada pelo tweet do jornalista faz com que muitas pessoas não se relacionem com quem se trata por medo de se infectar, o que é um erro.

Pessoalmente escrevi uma resposta ao jornalista alertando sobre a comparação errada. Até o momento que escrevi essa matéria não tive resposta e o tweet continuava no ar.

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