A ideia já existia, mas a quarentena acabou fazendo o projeto sair do papel. Cinco amigos se juntaram para criar uma espécie de Saia Justa gay. O Ku*radorya é um canal no YouTube formado pelo ator e dramaturgo Ronaldo Serruya, pelos atores Paulo Arcuri, Luiz Gustavo Jahjah e Flavio Rodrigo e pelo diretor de teatro Luiz Fernando Marques.

Eles já se conheciam através do trabalho no coletivo teatral paulistano chamado Teatro Kunyn, que desde 2009 pesquisa a questão de gênero nas artes cênicas e já produziu peças premiadas como “Dizer e não pedir segredo”, “Orgia ou de como os corpos podem substituir as ideias“ (indicada ao APCA de melhor espetáculo em 2016) e “Desmesura” ganhador do Suzy Capó de obra mais transgressora no 25º Festival MIX da Diversidade.

Com a paralisação das atividades teatrais por conta da quarentena, eles perceberam que era hora de investir no ambiente online e lançar o canal. A ideia de fazer um “Saia Justa gay” é de ser uma conversa entre amigos, com temas sobre diversidade, que fazem parte do cotidiano.

É uma conversa entre amigos. Sem pretensão. Sem filtros. E com personagens. Aceitando aquilo que somos. Afinal, toda bixa tem contas para acertar.

Ronaldo Serruya, um dos criadores do Ku*radorya

A cada semana (terças às 20h) um novo episódio vai ao ar no Youtube. O “Saia Justa gay” traz a cada programa um episódio específico para debate. E para garantir a diversidade, a cada semana um convidado é chamado.

Somos parecidos, representamos um tipo, uma vivência dentro do leque imenso da diversidade dos corpos. Somos todos brancos, cisgêneros, moradores do centro de São Paulo. Então a regra para o convidado é simples: ele vai ser sempre aquem trará essa diversidade e que vai bagunçar o coreto e produzir deslocamentos, apontar os privilégios.

Ronaldo Serruya explica como escolhem os convidados dos programas

O Ku*radorya é voltado para públicos de todas as idades, mas abraça principalmente aqueles que querem aprender se divertindo com as histórias e as experiências de quem parte de um local de opressão, medo, insegurança, mas não tem como premissa permanecer nele. Confira abaixo um dos episódios.

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