Pesquisa feita pela University Medical Center, em Amsterdã, mostrou que mulheres trans têm 47 vezes mais chances de desenvolver câncer de mama do que homens cis. O risco está ligado ao uso de hormônios de afirmação de gênero, como o estrogênio, que podem resultar em transformações físicas.
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Por conta dessa estatística, Lu Braga, voluntária de pacientes com câncer há mais de 20 anos, recebe em um dos episódios de seu podcast Willy Montmann, fundador do time de vôlei Angels – maior time trans do Brasil; Mikaella Reis, transexual; e Júlio Marques, advogado especialista em Direito da Saúde (assista a gravação no fim da matéria).
Há muita gente ainda que não realiza os exames por dúvida ou receio. Minha missão é ajudar a levar o máximo de pessoas possível a realizar os exames e, assim, acredito que estarei ajudando a salvar vidas.
Lu Braga fala da importância da informação para a prevenção do câncer de mama na população trans
A escassez de informação ainda deixa homens e mulheres trans em situação de vulnerabilidade, com maior exposição à doença e menos cientes das práticas de prevenção que poderiam, em muitos casos, salvar suas vidas.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia é importante que tanto pessoas cis quanto trans adotem uma postura preventiva em relação à doença, mantendo-se alerta e realizando o teste do “toque”. Além disso, para evitar o câncer de mama na população trans, assim como em pessoas cisgênero, é indicado a adoção de uma alimentação saudável, prática de atividades físicas e realização de exames preventivos como a mamografia, que deve ser feita anualmente.
O câncer de mama pode levar a pessoa ao óbito ou a perda da mama. O diagnóstico precoce eleva em até 95% as chances de cura. Assista abaixo o bate papo especial que debateu o câncer de mama na população trans.