É consenso no meio científico que a PrEP (profilaxia pré-exposição) significou um dos recentes grandes avanços no combate ao HIV. O uso de medicamento antirretroviral por pessoas que não vivem com HIV para prevenir a infecção pelo vírus ganha agora ainda mais força, depois que resultados de pesquisas com a PrEP injetável apresentou eficácia ainda maior.
Um ensaio clínico com 4.570 homens e mulheres trans que fazem sexo com homens mostrou que a versão injetável é ainda mais segura que o uso oral de medicamento. Durante três anos os pesquisados tomaram as atuais pílulas diárias ou a injeção de Cabotegravir a cada oito semanas. Do grupo, apenas 0,38% dos que foram testados com a PrEP injetável foram infectados pelo HIV, contra 1,21% das pessoas que tomaram comprimidos.
Com a PrEP injetável, gays e mulheres trans poderão escolher entre variadas opções de prevenção ao HIV, fáceis de usar e felixíveis.
Dr. George Ayala, diretor executivo da MPact Global Action for Gay Men’s Health and Rights, comemora o resultado promisso da pesquisa.
O novo método de PrEP poderá ajudar não somente por sua eficácia maior, mas também por facilitar o acesso de pessoas que acham complicado ter que usar o medicamento diariamente ou até mesmo quem não opta pelo tratamento pela necessidade de ser discretos.
Mas, em entrevista ao Gay Star News, o porta-voz do National AIDS Trust do Reino Unido disse que apesar dos resultados promissores, o medicamento usado na PrEP injetável ainda enfrentará mais exames e protocolos médicos antes que seja lançado. Vale ressaltar, porém, que os tratamentos já disponíveis, com os comprimidos de PrEP diários ou sob demanda (tomadas antes e depois da atividade sexual) já são altamente eficazes na prevenção ao HIV.