Desde o último dia 13 de maio um surto de varíola do macaco tem sido relatado em vários Estados-membros da ONU. Já são mais de 100 casos confirmados em 16 países e uma dezena em análise. Contudo a UNAIDS demonstrou preocupação com o estigma sobre a comunidade gay.

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Algumas matérias em veículos de imprensa alertaram a possibilidade do epicentro do surto estar relacionado a pessoas gay, o que reforça estereótipos homofóbicos. O Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) lembrou a semelhança com o surgimento da AIDS e destacou que a culpabilização dirigida a certos grupos de pessoas pode inclusive minar a resposta a surtos.

“Estigma e culpabilização minam a confiança e a capacidade de prover uma resposta efetiva a surtos como este. A experiência mostra que a retórica estigmatizante pode rapidamente enfraquecer a resposta baseada em evidências, gerando medo, afastando as pessoas dos serviços de saúde, impedindo os esforços para identificar casos e encorajando medidas punitivas ineficazes”, afirmou Matthew Kavanagh, diretor executivo adjunto do UNAIDS.

Os responsáveis pelo programa da ONU lembraram ainda que o uso de imagens de pessoas provenientes do continente africano também não ajuda e só estimula o racismo.

Um brasileiro, que passou por Portugal e pela Espanha, foi o primeiro caso de varíola dos macacos diagnosticado na Alemanha. Mas no Brasil não existe nenhum registro da doença. A Anvisa anunciou que monitora os casos notificados pelo mundo, junto com o Ministério da Saúde, e que reforça a necessidade de manter as medidas sanitárias já adotadas nos portos e aeroportos durante a pandemia de Covid.

“Este surto destaca a necessidade urgente de as lideranças fortalecerem a prevenção da pandemia, incluindo o fortalecimento da capacidade de resposta liderada pelas comunidades e uma infraestrutura de direitos humanos que apoiem respostas eficazes e não estigmatizantes aos surtos. A ciência compartilhada e a solidariedade social, por outro lado, ajudam a todos, completou o Dr. Kavanagh.

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