Você não leu o título errado! Com várias acusações para fazer no caso, a polícia de Daytona Beach, na Flórida, acusou criminalmente um homem por colocar um policial em risco para HIV por uma cuspida. Mas todos nós sabemos (ou deveríamos) que esse tipo de transmissão é impossível!

Tudo começou quando a namorada de Julio Rivera chamou a polícia dizendo que foi agredida. O agressor então fugiu de bicicleta, mas foi perseguido pelos policiais. Durante a abordagem a polícia encontrou drogas com ele. Em dado momento Julio desmaiou, fato que levou a chamada de socorristas.

Irritado e com raiva, segundo o relatório dos policias, Julio falou que era HIV+ e teria cuspido em um dos paramédicos que faziam o atendimento. Com tantas acusações contra e, obviamente, tirando o fato que nenhum profissional merece receber uma cuspida, chamou a atenção a inclusão nas acusações contra Rivera a “transmissão criminal do HIV”.

A questão poderia ser menor com a quantidade de acusações que Julio levou pelo que aconteceu no dia. Mas chama a atenção de especialista para a estigmatização e preconceito sobre os portadores de HIV.

Em entrevista ao site Pink News, o ativista britânico Matthew Hodson lembrou que não há nenhum risco de transmissão do HIV por cuspe/saliva. Ele ressaltou ainda que processar criminalmente alguém por tentativa de transmissão em circunstâncias em que não há risco “apenas perpetua a ignorância e o medo desnecessário”.

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