Relatório divulgado pelo Australian Strategic Policy Institute comprovou que o Tik Tok censura hastagas LGBT. A expansão global da rede social foi marcada desde o início por uma séries de censuras controversas.

Apesar dos responsáveis afirmarem que muitas censuras anteriores foram “falhas técnicas”, o relatório atual comprova que na verdade é uma prática da rede social no que seria uma tentativa de evitar polêmicas. O que o Tik Tok considera uma “postura apolítica”, na verdade é uma censura que tem sim conotação política.

Segundo o relatório, mostra que o Tik Tok censura hastags LGBT em pelo menos oito idiomas. Tal medida afeta tanto os cidadãos de determinados países, como qualquer usuário do mundo que use o idioma. Chama ainda atenção que elas sejam categorizadas no código 10, o mesmo da plataforma que se refere a grupos terroristas, substâncias ilícitas e palavrões.

Termos como “gay”, “lésbica” e “trasngênero” são restritos em alguns idiomas. Surpreende que a rede social afirma que “não é influenciada por nenhum governo estrangeiro”, e que “não modera o conteúdo devido às sensibilidades políticas”, mas em resposta aos responsáveis pelo relatório afirmou que “alguns termos fornecidos pelo ASPI foram parcialmente restrito devido às leis locais relevantes”.

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Ainda na resposta, a plataforma afirma que “apoia fortemente nossos criadores LGBT em todo o mundo e tem orgulho de que o conteúdo LGBT esteja entre a categoria mais popular na plataforma com bilhões de visualizações”.

Em 2019, o The Guardian já havia revelado que o Tik Tok censura hastags LGBT mesmo em países onde a homossexualidade nunca foi ilegal. Segundo o jornal, as regras estavam no topo das diretrizes de moderação geral da rede social, que “inclui um número de cláusulas que bane assuntos que tocam em tópicos sensíveis para a China”.

Relatórios da Netzpolitik em dezembro de 2019, com base em documentos vazados do Tik Tok, mostrou que a plataforma estava limitando o alcance de usuários LGBT, bem como com deficiência e excesso de peso. A rede social na época admitiu o fato e disse que era uma tentativa de proteger os usuários de bullying.

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