Rafa Vieira, ex-participante do De Férias com o Ex, e seu namorado, o DJ Felipe Ferreira, denunciaram em suas redes sociais o caso de homofobia que sofreram ontem em Copacabana. Nossa reportagem entrou em contato com os dois para entender o ocorrido.

Segundo relato de Rafa para nosso site, ele estava andando de mãos dadas com o namorado no calçadão em Copacabana, quando começaram a escutar gracinhas de um escultor de areia que trabalha no lugar.

A gente estava voltando pra casa de mãos dadas quando ele (escultor de areia) começou a gritar alto que gostava de xoxota. Quando a gente passou e começou a se afastar ele aumentou o tom de voz.

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Rafa disse que ele e Felipe foram falar com o escultor afirmando que essa atitude é crime e recebeu como resposta que crime é matar e roubar, que o que ele estava fazendo não é crime.

Segundo o preparador vocal, a intenção era tão claramente atingir o casal, que após a conversa inicial, quando eles resolveram sair do local ouviram o escultor gritar: “Vira homem”. Foi nesse momento que Rafa começou a filmar o que aconteceu (veja abaixo as imagens).

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Rafa nos contou que um policial apareceu e que primeiro foi conversar com o agressor e não com as vítimas. Depois, ao conversar com ele e seu namorado, tentou contemporizar o ocorrido. “Ele foi tomar primeiro o depoimento do cara e não o nosso. Depois veio com discurso e ficou falando que ensinou o cara como deveria proceder”, explicou.

Questionado pelo casal sobre como proceder para fazer um Boletim de Ocorrência, o policial disse que eles deveriam se dirigir a uma delegacia. Rafa pediu então que ele identificasse o escultor, mas não foi atendido. Para piorar a situação, o nos relatou que ainda foram ameaçados pelo agressor, mesmo depois da intervenção policial.

Ao chegar a delegacia, o casal foi informado que seria necessária a identificação do agressor e que, como eles suspeitavam, isso tinha que ter sido feito pelo policial que os atendeu na rua.

A sensação de não ter tido o acolhimento necessário pelo policial se confirmava. Mesmo assim, Rafa nos contou que voltariam hoje ao local com uma viatura para tentar fazer a identificação do agressor, que segundo o policial que esteve no local está sempre na região.

Pior que vai ter muita gente que vai pensar igual aos policias que orientaram a orientar e deixar pra lá. Mas a gente não pode ignorar, porque outras pessoas que ignoraram, não deve ser a primeira vez que ele faz isso, foi que fez que ele fazer com a gente

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Rafa ainda alertou que a agressão aconteceu em um lugar público, com muito movimento. “Imagina o que ele vai fazer com um LGBT mais vulnerável, em um lugar mais ermo. Não dá pra deixar passar”, questionou.

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