Uma pesquisa divulgada esta semana pela HPTN – Rede de Ensaios de Prevenção ao HIV – demonstrou que a PrEP injetável é mais eficaz do que os comprimidos diários para prevenção ao HIV entre mulheres.

Ao todo, 3.223 mulheres participaram da pesquisa feita em 7 países da África subsaariana: Botsuana, Eswatini, Quênia, Malaui, África do Sul, Uganda e Zimbábue. Houve 38 infecções por HIV no grupo estudado, sendo deste universo 34 usavam comprimidos e apenas 4 tomaram as injeções.

Das 4 mulheres que se infectaram usando a PrEP injetável, duas haviam parado de tomá-las. Chamou a atenção ainda dos especialistas a adesão maior do que a esperada ao tratamento injetável.

Sabemos que a adesão a uma pílula diária continua a ser um desafio, e um produto injetável eficaz de ação prolongada é uma opção adicional de prevenção do HIV muito importante

Sinead Delany-Moretlwe, diretora de protocolo do estudo e do Instituto Wits de Saúde Reprodutiva e HIV, na Universidade de Witwatersrand, em Joanesburgo, África do Sul.

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A PrEP injetável é aplicada a cada 8 semanas com a substância experimental cabotegravir. Os comprimidos conhecidos como Truvada, tinham a combinação tenofovir/entricitabina. Este esquema é o que está disponível de forma gratuita no Brasil, através do SUS.

Uma pesquisa divulgada em julho também mostrou que as injeções foram mais eficazes em prevenir a infecção pelo HIV em homens que fazem sexo com homens (HSH) e em mulheres trans que fazem sexo com homens. Os números corresponderam a uma redução de 66% nas infecções pelo vírus comparando-se os pacientes das injeções com os dos comprimidos.

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