É inacreditável, mas só agora a Nova Zelândia retirou restrições para pessoas vivendo com HIV pedirem visto de residente estrangeiro. Mais inacreditável ainda que outros 46 países, territórios ou regiões ainda mantenham algum nível de restrição.

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O HIV foi retirado da lista de condições médicas usadas para negar pedidos de visto, o que obrigava a Imigração da Nova Zelândia a determinar que um solicitante de visto de residente com HIV “não tinha um padrão de saúde aceitável”. A justificativa era o “custo alto para os serviços de saúde locais”.

Com a mudança, pessoas que vivem com HIV que fizerem o pedido de visto de residente estrangeiro passam a ser considerados individualmente e não mais tendo o visto automaticamente negado.

Elogio a Nova Zelândia por dar este passo importante e espero que incentive outros países a remover todas as restrições de viagens e outras políticas que discriminam as pessoas que vivem com HIV.

Winnie Byanyima, Diretor Executivo do UNAIDS, celebra o fim da restrição para pessoas vivendo com HIV na Nova Zelândia.

O programa das Nações Unidas para combate à AIDS (UNAIDS) destacou em comunicado que não há evidências de que as restrições à entrada, permanência ou residência de pessoas vivendo com HIV protejam a saúde pública. O informe lembrou ainda que práticas que proíbem o movimento de pessoas vivendo com HIV são discriminatórias e frequentemente limitam suas oportunidades de viajar, trabalhar e estudar no exterior.

As restrições de alguns países para pessoas vivendo com HIV vão desde pedidos para visto de trabalho, estudo e residência, até estadia curta ou longa. Países como Rússia, Egito, Arábia Saudita e Iraque, entre outros, negam a entrada de estrangeiros vivendo com HIV e chegam a deporta-los.

Conhecido pelo sucesso de seu programa de auxílio a pessoas vivendo com HIV, o Brasil não possui nenhuma restrição. Na América do Sul apenas o Paraguai exige teste de HIV para vistos de trabalho, estudo ou residência.

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