No mês do Orgulho LGBTI+ é sempre bom conhecer iniciativas de empresas que entenderam que o caminho da diversidade não só é importante para a valorização de todos os seus colaboradores, como garante melhoria na produção.

Para Fe Maidel, Diretora de Empregabilidade, Qualidade e Certificação da Câmara de Comércio e Turismo LGBT do Brasil, em um mundo em que é preciso criar ambientes desafiadores e estimulantes, empresas que optam pela diversidade e inclusão saem na dianteira, pois contam com sistemas de participação coletiva, antecipando tendências de economia colaborativa, essencial para a evolução dos negócios.

Existem estudos que indicam a homogeneidade nas equipes corporativas tende a criar uma zona de conforto pela falta de desafios e pelo estabelecimento da mesmice. Promover a inclusão e diversidade permite vários olhares possíveis sobre o negócio, melhora a perspectiva, o planejamento e, por fim, atinge novas metas, mais desafiadoras e criativas.

Fe Maidel fala sobre a importância da diversidade nas empresas

Pelo segundo ano o Instituto Ethos divulgou o Guia Exame da Diversidade, as melhores práticas em diversidade e inclusão, considerando aspectos quantitativo e qualitativos. A inclusão LGBTI+é uma das quatro categorias analisadas (étnico-racial, mulheres e pessoas com deficiência são as outras três). Apesar da divulgação de mais detalhes sobre o resultado acontecer somente amanhã, 24 de junho, das 15h às 16h30 no canal do youtube do Ethos, já foi divulgado que a PwC foi a que mais se destacou no segmento LGBTI+.

Uma das principais premiações mundiais, o Great Place to Work também divulgou seu ranking das Melhores Empresas para LGBTI+ Trabalhar. Na lista brasileira as cinco primeiras colocadas foram, pela ordem: Cisco, Aspen Pharma, Bristol Myers Squibb, Accor e IBM.

Para Ricardo Sales, sócio da Mais Diversidade, consultoria de políticas de diversidade no ambiente de trabalho, o recebimento de prêmios reconhecidos pelo mercado, e que portanto têm credibilidade, traz benefícios tanto internamente quanto externamente.

Para ele, internamente há uma melhoria no clima da empresa, uma maior taxa engajamento, no sentido em que as pessoas passam a ter um orgulho maior em atuar nas empresas em que são respeitadas. Externamente vai desde como a marca passa a ser percebida pelas pessoas que pretendem trabalhar na empresa até a percepção do serviço/produto que é oferecido para os diversos públicos consumidores.

O que a gente percebe hoje é um perfil de consumidor e de trabalhador que está cada vez mais atento a essas questões. E aí tende a escolher empresas para trabalhar e para comprar que estejam associadas a boas causas e faz uma diferença para a sociedade.

Ricardo Sales fala sobre o retorno em investir na diversidade nas empresas

Mas Ricardo faz questão de ressaltar que investir em diversidade deve ser, primeiro, um compromisso ético e moral da empresa: “É mostrar que está antenada com a sociedade e preocupada em ser responsável com o meio que faz parte”.

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