Não é a primeira vez que um papel de Eddie Redmayn gera debate sobre atores heterossexuais interpretarem personagens LBTQIA+. Dessa vez, a revelação que o vencedor do Oscar estará em nova versão do musical Cabaret em Londres é o assunto.

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Os argumentos de quem é contra é que as oportunidades para artistas LGBTQIA+ são mais escassas, além da chance de um ator heterossexual não conseguir expressas toda a complexidade do personagem. Já quem acredita que é um exagero afirma que seria a mesma coisa que um ator homossexual não poder interpretar um personagem hétero.

Até mesmo a elogiada atuação de Eddie Redmayn em “A Garota Dinamarquesa” gerou discussão por não abrir espaço para uma pessoa trans fazer o papel e pela possibilidade do público em geral enxergar uma figura masculina por trás de uma mulher trans. O assunto é abordado em “Revelação”, documentário da Netflix.

Em entrevista à Vogue britânica, o ator defendeu sua escalação para o papel do misterioso Emcee. “Espero que quando as pessoas virem a performance, a interpretação justifique a escolha”, afirmou Redmayn.

Na montagem original da Broadway, dirigida por Hal Prince e estrelada por Joel Gray, o personagem foi interpretado como um afeminado. O revival da Broadway de 1999 mostrou o Emcee mais sexualizado de Alan Cumming dançando e flertando com homens durante todo o show. Gray e Cumming são, respectivamente, gay e bissexual.

Não será porém a primeira vez que o personagem será interpretado por um ator heterossexual. Ao longo dos anos em cartaz na Broadway, nomes como John Stamos, Norbert Leo Butz, Adam Pascal, Jon Secada e Michael C. Hall fizeram Emcee.

A estreia de Eddie Redmayn em Cabaret está prevista para 15 de novembro no Kit Kat Club, em Londres.

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