Uma pesquisa feita pela consultoria Mais Diversidade traçou um panorama do perfil atual da população LGBTI+ brasileira no mercado de trabalho, quais as suas prioridades nesse contexto e a importância da abertura sobre o tema nas empresas com suas lideranças. Os dados mostram que um ambiente de trabalho mais diverso é o maior anseio dos LGBTs no trabalho.

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Dos entrevistados, a grande maioria (73%) se identificou como homossexual. Os bissexuais são a segunda maior parcela dos entrevistados (16%), seguido por pansexuais (5%). Vale ressaltar que 5% dos entrevistados tem identidade de gênero transexual.

Sobre esta população, o número de empreendedores (9%) e funcionários públicos (7%) transexuais é maior que a média de todos os pesquisados, assim como a de desempregados (9%). Para efeito de comparação os números gerais são, respectivamente, de 3%, 4% e 3%.

A pesquisa revelou apenas 30% dos entrevistados se sentem seguros para falar abertamente sobre sua sexualidade ou identidade de gênero no ambiente de trabalho. No recorte por sexualidade, é no empreendedorismo que os homossexuais se sentem mais confortáveis (38%), enquanto os bissexuais que atuam no terceiro setor se sentem bem mais confortáveis para falar abertamente sobre sua orientação sexual (81%). Quanto a identidade de gênero, pessoas trans se sentem mais seguras a falar a respeito no empreendedorismo (40%) e empresas de grande porte.

Outro apontamento importante da pesquisa da Mais Diversidade é o que a população LGBTQIA+ acham mais importante no contexto de trabalho (cada entrevistado podia escolher até 3 alternativas). O ambiente inclusivo é o principal anseio (74%), seguido de mais referências dentro da empresa com executivos (as) LGBTQIA+ (54%). A oportunidade de desenvolvimento de carreira aparece na terceira posição (45%) e a sensibilização da organização para o tema em quarto lugar (42%). Ainda, foram apontados liderança inclusiva (39%), ações afirmativas em processos seletivos (19%) e oportunidades de engajamento em ações de Diversidade e Inclusão (14%).

A pesquisa revelou ainda uma certa insatisfação com empresas de grande porte, já que 58% dos homossexuais, 47% dos bissexuais e 44% dos pansexuais revelaram que trocariam de emprego se tiver oportunidade. Apenas no recorte dos transexuais que trabalham em empresas de grande porte esse número ficou inferior a 40%, com 37% afirmando que fariam a troca.

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