No final do ano passado, os fãs de RuPaul’s Drag Race vibraram com o anúncio de uma série comandada por Shangela, Bob The Drag Queen e Eureka O’Hara. Os episódios mostrarão as drags recrutando moradores de pequenas cidades dos Estados Unidos a se montarem para um show.
Agora, com o lançamento da série em seis eposódios “We’re here”, Shangela falou sobre os desafios nas gravações em entrevista ao Gay Times. Ela que já apareceu no mega sucesso “A Star is Born”, ao lado de Lady Gaga e Bradley Cooper, também comemora a exposição que o universo drag está ganhando e de como esse novo desafio a reaproximou de sua própria história.
Eu cresci em uma cidade pequena e agora estou retornando a cidades pequenas. Por isso, estou familiarizada com isso e sabia o quanto seria importante mostrar essa experiência de vida
Shangela falando da série “We’re Here, da HBO
Na entrevista, a drag conta que as três protagonistas foram procuradas pelos produtores com o desafio de colocar em prática a ideia de transformar as “baby drags” de pequenas cidades a transformar o melhor de si em um show único. A amizade das três se fortaleceu durante todo período de produção da série e Shangela disse eter encontrado nas duas amigas ótimas pessoas para pedir suporte e para oferecer suporte quando necessário.
Sobre a visibilidade que o programa pode levar, Shangela não deixa dúvidas que em especial para as drags negras isso fará muito diferença. Ela acredita que o fato de duas das protagonistas serem negras irá dar esperança para que outras drags e pessoas negras possam perseguir os seus sonhos. Ela ressaltou ainda a emoção de perceber até na equipe atrás das câmeras uma diversidade.
Levar essa experiência a cidades pequenas nem sempre foi fácil. A drag conta que no Missouri a polícia chegou a ser chamada por um lojista que não queria elas promovendo o show próximo do seu negócio.
Isso é bom para as pessoas saberem que, apesar do progresso que fizemos, ainda há muito trabalho a ser feito para avançarmos em termos de aceitação e igualdade.
Shangela fala sobre os desafios de gravar em pequenas cidades conservadoras
Mesmo assim, a queen faz questão de destacar que encontrou acolhimento nos lugares mais improváveis. E que comunidades que não tiveram chances de se reunir e tornar visíveis sempre estiveram lá. Ainda, que é exatamente isso que o programa espera destacar.