Se está difícil segurar a onda durante esse período de isolamento social, ao contrário do que muitos imaginam, o fim do isolamento social não será uma espécie de passaporte livre para relações sexuais sem risco de pegar o novo coronavírus.
Como vimos na matéria em que o especialista prega a abstinência sexual durante a pandemia, embora não haja evidência da transmissão por via sexual da Covid-19, o contato físico durante a relação sexual, como beijo ou rimming, são porta de entrada para o novo coronavírus.
Mesmo com o fim do isolamento social, até que exista uma vacina, a transmissão do coronavírus continuará entre nós e o contato físico aumenta o risco de transmissão da doença. Por isso, empresas de tecnologia apostam em uma espécie de “passaporte da imunidade” para identificar quem já teve a Covid-19.
Embora não se tenha certeza da imunidade para quem já contraiu o vírus, a priores especialistas estão levando em consideração que a pessoa uma vez infectada ficaria imune. É nisso que aposta a VST Enterprises, empresa britânica que lançou o “passaporte digital de saúde”, que pode ser aplicado a diferentes aplicativos de namoros/encontros, como o Grindr.
Não chega a ser uma novidade, já que no Grindr já há a opção de falar sobre a sorologia para HIV. A diferença é que informação seria carregada por um profissional de saúde no perfil de saúde do usuário. Esse perfil então se vincularia aos aplicativos de namoro, permitindo que os interessados possam saber se a pessoa já teve Covid-19.
A questão é polêmica, já que para funcionar teria que ser obrigatória por um decreto do país (e haveria intenso debate a respeito) ou com autorização do usuário. Para seduzir empresas e órgãos governamentais para a sua ferramenta, a empresa lembra que o perfil de saúde do usuário poderia ser usado também para viagens aéreas e participação em eventos com aglomerações.