A FDA – Agência Reguladora de Alimentos e Remédios dos Estados Unidos (semelhante a ANVISA no Brasil) – aprovou um tratamento de HIV com injeção mensal. Na prática isso significa que alguns soropositivos poderão substituir o tratamento diário com comprimidos por injeções a cada mês.
Leia também: Influenciador tira as principais dúvidas sobre HIV
A aprovação é para a combinação da Cabenuva, produzida pela farmacêutica Viiv Healthcare, que é propriedade da GlaxoSmithKline. O tratamento mensal consiste em duas injeções: rilpivirina, comumente vendida como Edurant pela Janssen, e um novo medicamento, cabotegravir, da ViiV Healthcare.
Mas, quem optar pela mudança para o tratamento de HIV com injeção mensal precisará tomar uma pílula de cabotegravir por um mês antes para garantir uma boa tolerância ao medicamento.
A aprovação de Cabenuva hoje pela FDA representa uma mudança na forma como o HIV é tratado, oferecendo às pessoas que vivem com HIV uma abordagem completamente nova de tratamento. Cabenuva reduz os dias de dosagem do tratamento de 365 dias para 12 dias por ano
Lynn Baxter, Chefe da América do Norte, ViiV Healthcare, fala sobre a vantagem do tratamento de HIV com injeççao mensal
Os testes para a aprovação foram feitos em pessoas que já estavam em tratamento via oral para o HIV e com carga viral indetectável. Por isso, ainda não se sabe se será adequado para quem acabou de ser diagnosticado ou quem têm carga viral elevada.
Outra questão levantada pelos especialistas é quanto ao custo do tratamento (U$ 5.940 para o primeiro mês e US$ 3.960 para os meses posteriores). O alto custo pode até ser ser relativizado em breve, já que a farmacêutica tenta a aprovação para injeções a cada dois meses. Mas, mesmo assim, continuará sendo considerado alto.
Ainda não há nenhuma previsão de pedido de aprovação do tratamento no Brasil.