A internet está celebrando a primeira personagem bi da Disney. Parece que finalmente a empresa se abriu para representar a comunidade LGBTI+ em suas produções. Depois da polêmica da censura de “Love, Simon”, este é o segundo passo em se tornar mais diversa e inclusiva.
Para quem não lembra, “Love, Victor”, continuação do mega sucesso, foi parar na Hulu por ter sido “considerada adulta demais para a Disney Plus”. A polêmica na época parece ter dado resultado, já que a plataforma de streaming colocou no ar pela primeira vez uma animação LGBTI+.
Dessa vez foi a primeira personagem bi da Disney que virou assunto. No último episódio de The Owl House (conta a história de Luz, uma adolescente que tropeça em um portal para um mundo mágico) é revelado que uma das personagens principais, que já havia demonstrado interesse por meninos, agora está se interessando por uma menina. A forma natural como é mostrada na animação do Disney Channel foi celebrada por muitas pessoas nas redes sociais.
A criadora da série, Tana Terrace, é bissexual e afirma que sempre teve a intenção de colocar personagens LGBTI+ no elenco principal. Contudo em um tweet contou que inicialmente foi informada que “não poderia representar qualquer forma de relacionamento gay ou bi no o canal”.
Segundo Tana, sua teimosia em fazer a animação mais diversa encontrou apoio na atual liderança da Disney. No início deste ano, o chefe da Disney, Bob Chapek, prometeu fazer filmes e programas de TV que representassem comunidades marginalizadas.
Queremos representar nosso público. Queremos contar histórias que nosso público quer ouvir, que reflitam suas vidas.
Bob Chapek, chefe da Disney, fala sobre representatividade nas produções da empresa
Alex Hirsch, criador de “Gravity Falls”, celebrou a mudança de posicionamento da empresa com a chegada da primeira personagem bi da Disney. Ele lembrou quem em 2012 a nota do censor da Disney seria “inadequada para o canal, revise, ligue para discutir”. Alex celebra que em 2020 isso não aconteça mais.