A FDA (Food and Drug Administration) autorizou o teste em humanos de uma terapia que está sendo apontada como a provável cura do HIV. O orgão de saúde americano autorizou esta semana um teste de Fase I do produto conhecido como AGT103-T.
O produto é feito de células sanguíneas e inicia um processo que aumenta as células T do corpo, que lutam contra o HIV, e usa uma terapia genética para ajudar essas células a sobreviver. O ensaio investigará a segurança do tratamento e medirá alguns fatores que indicam se ele é eficaz.
Estou confiante que o AGT103-T será um passo importante em direção a uma eventual cura do HIV.
Jeff Galvin, CEO da American Gene Technologies, responsável pela terapia testada
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Em estudos pré-clínicos em modelos de células, o tratamento demonstrou “a capacidade de se livrar do HIV quando desafiado com o vírus e células humanas infectadas com HIV”. Segundo a empresa, com base nas execuções de fabricação de produtos em escala comercial bem-sucedidas e recursos do produto observados em nossos laboratórios “esta terapia tem um alto potencial para ser eficaz”.
Embora atualmente os medicamentos antirretrovirais possam controlar o vírus a ponto de torná-lo indetectável, não podem ser considerados a cura do HIV. Há, até hoje dois relatos de cura na Europa em pacientes que fizeram transplantes de células-tronco da medula óssea. Porém os transplantes são muito perigosos e caros para ser amplamente utilizado.
Recentemente um estudo brasileiro foi apontado como promissor, até por não usar o transplante. Mas especialistas alertam que o tratamento é feito de forma individual, sob demanda para cada paciente, e que outros pacientes foram submetidos ao mesmo tratamento e não apresentaram a cura do HIV.