Ativistas do Oriente Médio e Norte da África acusam que posts homofóbicos no Facebook não estão sendo coibidos pela rede social. Em alguns casos as postagens pregam abertamente a morte de membros da comunidade LGBTI+.
Segundo o site Gay Star News os ativistas fizeram uma série de denúncias para o Facebook que respondeu que os posts “não contrariam os padrões da nossa comunidade, incluindo o discurso de ódio”. Então eles enviaram uma carta para a que a empresa treine funcionários em questões LGBTI+. Além disso, eles querem reuniões contínuas com a rede social até que o problema seja resolvido e sugerem até presença de representantes na empresa.
Isso se deve à implementação negligente de políticas eficazes de discurso contra o ódio em nossa região, o que torna a plataforma insegura para as minorias sexuais
Parte da carta aberta de ativistas sobre a negligência de posts homofóbicos no Facebook
A denúncia ocorre num momento em que o Facebook enfrenta boicote de grandes empresas, conforme noticiou o site da Revista G, que anunciaram suspensão dos anúncios na rede social como forma de pressionar para que o Face se esforce mais para barrar a propagação de conteúdo de ódio como xenofobia, LGBTfobia e racismo.
A matéria do GSN mostrou uma série de exemplos de posts homofóbicos no Facebook. Em alguns há claramente o discurso de ódio e o incentivo a agressões e até morte de membros da comunidade LGBTI+. Um caso específico o perfil pede que “os seguidores matem pessoas LGBTI+ jogando-as de prédios altos e depois apedrejando-as até a morte”.
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Questionados pelo site, O Facebook afirmou que irá derrubar os post e que elas violam os seus padrões. Contudo não explicaram porque a resposta às denúncias inicialmente dizia exatamente o contrário. Também não responderam a solicitação de conversa dos ativistas.
Segundo um porta-voz da empresa, quando detectadas postagens homofóbicas no Facebook é adotada uma abordagem de tolerância zero: “Levamos ataques à comunidade LGBTI+ e qualquer forma de discurso de ódio incrivelmente a sério”. Na resposta, a rede social disse ainda que, além de ferramentas de inteligência artificial que “encontram quase 90% do discurso de ódio”, conta com especialistas que revisam os relatórios do discurso de ódio 24 horas por dia, 7 dias por semana, em mais de 50 idiomas.