Altos índices de violência, baixa expectativa de vida e falta de oportunidade para o trabalho. A realidade de transexuais e travestis não é fácil no Brasil. Por isso a importância do dia 29 de janeiro, quando acontece o Dia Nacional da Visibilidade Trans. Para despertar atenção para o tema, o CineSesc terá uma programação especial na data.
Recentemente o STF comparou a transfobia ao crime de racismo, tornando-a crime no Brasil. Mas a realidade ainda está longe da ideal. Pra isso, além da exibição de três filmes protagonizados por mulheres trans, o CineSesc traz de volta o ” Cinema da Vela”, conversa sobre cinema duram o tempo do queimar de uma vela, para debater sobre o assunto no Dia da Visibilidade Trans.
As protagonistas de três longas metragens Maria Luiza, Anne Celestino e Fabiana conversarão com o público sobre seus trabalhos e a importância da representatividade para a vida cotidiana. Fabiana é uma mulher trans caminhoneira. Maria Luiza é a primeira transexual a ser reconhecida como militar da aeronáutica. Anne Celestino, atriz de Alice Júnior, é uma menina trans de 20 anos. No Hall do Cinema, que fica na Rua Augusta, 2075 (São Paulo), o debate será gratuito.
Os filmes serão exibidos em três datas diferentes, com os ingressos custando no máximo R$ 12. No dia 28/01 (21h) será exibido o filme “Maria Luiza”, que investiga as motivações para impedi-la de vestir a farda feminina e a sua trajetória de afirmação como mulher trans após 22 anos de trabalho como militar. Já no dia 29/01 (21h), Dia Nacional da Visibilidade Trans, será exibido “Alice Júnior”, que conta a história da adolescente que precisa se mudar com o pai para uma pequena e conservadora cidade no sul do Brasil e passa a estudar em uma escola que parece ter parado no tempo. Fechando a programação, no dia 30/01 (21h), será a vez de “Fabiana”, que mostra a vida dessa mulher trans que viveu como uma nômade caminhoneira por todo o Brasil durante mais de 30 anos.